O que aprendi ao lavar roupas
Os ensinamentos que se escondem numa tradição esquecida, que se perdeu no passado, tragada pelo tempo, que, hoje, precisa correr rápido, muito rápido
Os ensinamentos que se escondem numa tradição esquecida, que se perdeu no passado, tragada pelo tempo, que, hoje, precisa correr rápido, muito rápido
Sonhei com vovó. Sonhei que estávamos conversando e lavando roupa, como antigamente. Aqueles pequenos prazeres em companhia da matriarca da minha família. Acho que meu inconsciente me chamou para retomar aquela história de lavar roupa que comecei a contar há exatos 12 meses, no dia 27 de dezembro de 2015 – naquela manhã de calorão de verão como hoje, de sol forte como hoje, de luz intensa como hoje. Lembro que fui interrompida pela pergunta do tio, se eu sabia com quantos anos o pai dele, meu avô, havia morrido. Busquei os documentos e falei: “Com 42 anos. Jovem, né?”. Ele me respondeu: “Eu tinha 4 anos”. Mais tarde, fui novamente interrompida, e desta vez foi pela febre alta dele. No dia seguinte, perdi o rumo da prosa ao me deparar com a sua morte. Foi triste e não conseguia mais voltar ao texto.
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