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É normal que a paixão acabe em um relacionamento?
Foto: Drazen Zigic
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Beijos constantes, declarações e encontros românticos: nos primeiros meses de um relacionamento, a paixão parece estar mais forte do que nunca. Quando estamos apaixonados, a sensação é de que esse sentimento não vai acabar e que teremos, enfim, nosso “felizes para sempre”.

Porém, com o passar do tempo, a rotina e tarefas diárias entram no caminho e o ‘fogo’ da paixão se apaga. Nesse momento, é possível que o relacionamento se torne mais tranquilo ou, até mesmo, “esfrie”. Para não ocorrer um afastamento do casal, algumas práticas são importantes e ajudam a trabalhar na intimidade do relacionamento.

Depois da paixão, existe o amor romântico

É normal que a intensidade dos sentimentos diminua ao longo do tempo em um relacionamento. Quem declara isso é Rosângela Casseano, terapeuta cognitivo-comportamental e CEO da PsicoPass, em São Paulo (SP).

“A fase inicial de paixão intensa, geralmente chamada de ‘lua de mel’, é caracterizada por uma liberação de hormônios que causam sentimentos intensos”, explica a psicóloga. Além disso, ela complementa que durante essa fase também pode existir um mecanismo de projeção, onde se criam expectativas de comportamento um do outro, muitas vezes idealizados.

“À medida que o relacionamento se desenvolve, esses sentimentos podem se acalmar. Nesse momento, é comum que o relacionamento acabe ou migre para outro nível, mais realista”, complementa a terapeuta.

Como consequência, o relacionamento passa por uma fase de amadurecimento, onde há um desenvolvimento de uma conexão mais profunda e duradoura. Dessa forma, nasce o que chamamos de “amor romântico”.

Diversos fatores podem levar para um afastamento do casal

Durante o amadurecimento do relacionamento, conforme se cria uma rotina, é possível acontecer um afastamento entre o casal. Fatores como falta de comunicação, estresse externo, ressentimentos não resolvidos, rotina monótona, falta de tempo juntos e diferenças de valores podem resultar nessa separação emocional.

Segundo Thaisa Milena, psicóloga focada em relacionamentos e ansiedade, esses elementos podem ser vistos como manifestações inconscientes que não foram adequadamente resolvidos pelo casal.

“O afastamento emocional pode indicar que o inconsciente dos indivíduos está interferindo na relação, necessitando de um trabalho de conscientização e integração”, explica a psicóloga.

Dessa forma, esses fatores, quando não conversados, podem gerar ressentimentos. “E os ressentimentos não resolvidos acumulam-se, criando barreiras emocionais”, aponta Thaisa.

Como saber se vale a pena insistir em um relacionamento?

Segundo Rosângela Casseano, para saber se vale a pena insistir em um relacionamento quando há um afastamento, é preciso fazer uma análise cuidadosa da situação. “É importante avaliar os motivos do afastamento e se há esforço mútuo para resolver os problemas”, declara a terapeuta.

Para ela, se ainda existe amor e respeito mútuo, e há sinais claros de que ambos os parceiros estão dispostos a trabalhar juntos para superar os desafios, pode valer a pena investir tempo e esforço no relacionamento.

“No entanto, se o afastamento é persistente e não há sinais de melhoria, pode ser necessário considerar outras opções, como novas ações para uma reaproximação e até uma terapia de casal”, sinaliza Rosângela.

Práticas para melhorar a conexão do casal

Quando as coisas se tornam previsíveis e monótonas, a excitação e a paixão tendem a diminuir. De acordo com Rosângela, se um casal está ciente disso, pode encontrar maneiras de manter a conexão forte.

“Isso inclui a introdução de novas atividades na rotina. Entre elas, surpresas românticas e momentos de qualidade juntos”, explica a Terapeuta. Entre essas práticas, separar um dia da semana ou do mês para terem um encontro pode ser uma boa alternativa. Seja cozinhando ou indo visitar um novo restaurante, o importante é a dedicação do tempo que vão passar juntos.

Além disso, a psicóloga ressalta a importância da comunicação aberta. Existem diferentes tipos de conversas importantes para manter a intimidade e proximidade do casal. Por exemplo, diálogos sobre sentimentos e necessidades individuais de cada parceiro, planos futuros, vida sexual, e sobre como enfrentar os desafios do relacionamento.

“É essencial que o casal se sinta confortável em compartilhar seus pensamentos e emoções de forma aberta e respeitosa”, finaliza a profissional.

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