Faça as pazes com você mesmo
Faça as pazes com quem você já foi. Deixe as suas versões do passado no lugar que as pertence, mas aprenda, sobretudo, a ser grato por cada uma delas
Faça as pazes com quem você já foi. Deixe as suas versões do passado no lugar que as pertence, mas aprenda, sobretudo, a ser grato por cada uma delas
É comum nos pegarmos olhando para o passado e questionando algumas de nossas decisões. Batemos no peito para dizer que, hoje, teríamos tomado outros caminhos. Fácil, não é mesmo? Afinal, estamos mais velhos, mais maduros e mais conscientes. Mas se você, assim como eu, sabe que tenta fazer o possível (às vezes até o impossível) dentro das condições que nos estão disponíveis agora, aprenda a relaxar e a confiar: você está dando o seu melhor.
Digo isso porque questionar algumas das minhas versões do passado já foi um terrível hábito na minha vida. Sempre pensava que eu devia ter começado ou terminado algo antes, que devia ter feito isso ou aquilo. Mas essas eram apenas tentativas injustas e frustradas de cobrar da minha versão mais nova e imatura coisas que hoje só tenho consciência justamente por tudo o que vivi desde então. Inclusive pelos tropeços e rasteiras que me esperavam pelo caminho.
Deixe ir. O passado tem o seu lugar
Deixar o passado ir embora e entender que ele tem o lugar dele é peça-chave para seguirmos adiante. Respeitar as nossas falhas e fragilidades da época também. Quando aprendi a me perdoar, foi como se a Júlia de agora olhasse para aquela do passado e, juntas, elas soubessem que estão fazendo o melhor pela do futuro. A de antes, na verdade, já fez a sua parte; e a de agora está aqui, vivendo o que é seu por direito de tempo e espaço. Elas aprendem uma com a outra, mas não se atrapalham mais.
Faça as pazes com quem você já foi. Deixe as suas versões do passado no lugar que as pertence, mas aprenda, sobretudo, a ser grato por cada uma delas, pois quem você é hoje é fruto de tudo aquilo que elas viveram. E você, mais do que ninguém, sabe de cada partezinha dessa história (as boas e as nem tanto!).
E então, siga em frente, pois o que mais importa nesse momento é quem você está sendo agora.