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Relógio de areia
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O tempo e? implaca?vel: cons­tro?i e destro?i. 

Para ale?m das inso?­litas imagens de co?modos inundados de areia, e? isso o que o projeto Sing of Life (Sinal de vida, em traduc?a?o livre) mos­tra: tudo o que a humanidade cria e? u?til apenas por um peri?odo. Num primei­ro olhar, as fotografias parecem ter si­do manipuladas por softwares de edi­c?a?o de imagem. Mas sa?o reais: foram clicadas em duas cidades do sudoes­te da Nami?bia, pelo foto?grafo brita?ni­co Christopher Rimmer. Cidades que, gra?o a gra?o, esta?o sendo enterradas pe­las areias do deserto em constante mo­vimentac?a?o. 

?Fiquei interessado em co­ mo o tempo afeta a cultura material da aspirac?a?o humana e o que acontece de­ pois, quando essa finalidade material ja? na?o e? mais relevante?, conta Rimmer. Essas cidades, por algumas de?cadas, serviram para extrac?a?o de diamante na regia?o. Mas, quando o recurso aca­bou, na de?cada de 1950, restaram ape­nas vesti?gios de um lugar na?o mais ha­bitado, propriedade apenas do deser­to. 

Feitas entre 2012 e 2013, as imagens evocam o sinal de vida, que e? bela e ao mesmo tempo perturbadora. ?Somos lembrados de que nada dura para sem­pre. Talvez as areias encobertem tudo e obscurec?a rastros de existe?ncia. As­sim como e? a vida: tudo o que temos e? o ?agora?, o momento de viver antes que a passagem do tempo apague todos os vesti?gios das nossas aspirac?o?es?, refle­te o autor.  

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