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    Projetos unem arte, memória e narrativas na produção de bonecas
    Divulgação/ Dentro de um abraço
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    Qual a última vez que você teve contato com bonecas? Na infância, posso imaginar, mas é natural que, ao longo da vida, o brincar passe a fazer parte da trajetória de cada um de nós. E não é só entre as crianças que esses objetos podem fazer sentido. O teatro de bonecos, por exemplo, é um sucesso entre adultos de todo o país, embora a tradição tenha nascido nos interiores do Nordeste e se expandido para outras regiões.

    O Mamulengo, como é mais conhecido, são bonecos controlados pela mão humana e podem fazer infinitos movimentos em uma encenação teatral. Esse é o seu nome mais comum, mas também pode ser chamado de João Redondo, Calunga ou Cassimiro Coco.

    Já deu para perceber que as bonecas são importantes em diferentes momentos, seja para a brincadeira ou o resgate histórico. Por exemplo, as bonecas Abayomi são instrumentos de transmissão da cultura negra e afrodiaspórica no Brasil. Produzidas a partir de restos de pano e de forma muito simples, ajuda na manutenção da memória e narrativas anticoloniais.

    Reunimos projetos que resgatam a memória e os processos artesanais de produção das bonecas de pano, ou calungas, aliás, como melhor forem conhecidas na sua região.

    Dentro de um abraço

    Acolhedor, afetuoso e com a perspectiva de trazer aconchego, o projeto ‘Dentro de um Abraço’ nasceu quando Leila Santos passava por um dos momentos mais especiais de sua vida. A iniciativa deu seus primeiros passos quando a artista plástica ficou grávida do segundo filho. Mas, para explicar ao primogênito sobre essa chegada tão especial, recorreu ao método Waldorf para construção de um boneco de pano.

    A artista buscou um curso que a ensinasse o processo de criação desse tipo de boneco, mas acabou encontrando muito mais que uma técnica. E foi na prática, desenvolvendo esse e outros bonecos, de forma experimental, que aprendeu também a se conectar com o outro e a se reconectar consigo mesma.

    Depois desses primeiros contatos não parou mais, começou a estudar e se aprofundar no assunto, envolveu-se em um intenso processo terapêutico; dedicou-se a identificar o modelo de boneca que conseguia transmitir ao máximo todos os significados e histórias que ela gostaria de apresentar ao mundo.

    Leila Santos ficou grávida do segundo filho e recorreu ao método Waldorf para construção de um boneco de pano. Foto: Divulgação

    De volta à infância

    A construção desse projeto, o fazer manual e a criação de cada boneca, é uma espécie de autoconhecimento. “É algo tão intenso que me vi voltando para criança que habita dentro de mim, revivi histórias do passado e passei a observar a vida por outros ângulos. Afinal, retornar nunca é voltar ao que já foi um dia, mas um mergulho na origem para a construção de um presente mais digno”, explica a artista.

    Foto: Divulgação

    À medida que foi partilhando a sua história no seu perfil do Instagram, começou a receber muitas mensagens de pessoas que também sentiam vontade de compartilhar as suas experiências com ele. E foi aí que sentiu que não poderia guardar as Aninhas, nome que carinhosamente chama as suas produções, somente para ela, e resolveu criar ‘Dentro de um abraço’.

    No site da Dentro de um abraço, o cliente pode optar por comprar uma boneca que transporta uma história criada pela artista ou enviar a sua própria história para que Leila possa desenvolver um projeto personalizado.

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    Com o propósito de educar e trazer diversão para meninas e meninos negros em Guiné-Bissau, o projeto Bunekas nasceu em 2017. A proposta surgiu com a ideia de ser uma iniciativa ampla que proporcionasse o brincar, mas também tivesse um viés educativo.

    O projeto nasceu com a psicóloga Michelli Bordinhon, que se sensibilizou com a realidade no país depois que seu marido – um médico – foi voluntário na região. Tradicionalmente, é comum que as meninas cuidem dos irmãos mais novos e por isso não tenham tempo para brincar. Além disso, pela escassez e empobrecimento da população, as crianças acabam improvisando brinquedos como podem.

    Para que o projeto pudesse dar seus primeiros passos, Michelle foi até Guiné-Bissau, aprendeu a manusear tecido, agulha e passou a produzir manualmente as bonecas. E assim nasceram os primeiros exemplares: bonecas negras usando turbante, cabelos cacheados, roupas coloridas estampadas e calçando sapato.

    O objetivo é que o brinquedo, além de lúdico, possa resgatar a autoestima, especialmente das meninas. Uma curiosidade é que o rosto das bonecas não tem expressões faciais. Assim, cada criança pode interpretar a nova companhia com o que está sentindo naquele momento, seja alegria, raiva ou tristeza.

    Até 2021, cerca de 60 mil bonecas já haviam sido enviadas para 15 países do continente africano. É uma expansão do projeto, que começou ainda em 2017 com o pequeno sonho da psicóloga.

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