Pausa. O intervalo do mundo

Patrick Santos era um bem sucedido ‘funcionário de carreira’. Mais de duas décadas na mesma empresa, foi sendo promovido até virar gerente de jornalismo. Ele conta que ficou na função por cinco anos, em uma rotina extenuante e que, em certo ponto começou a perder o significado.

Era final de 2016 quando ele entendeu que precisava mudar alguma coisa na sua vida para não ter um burnout. E então começou o planejamento para um período sabático.

“As coisas começaram a não fazer mais sentido. Eu queria entender um pouco esse novo momento do Jornalismo e da Comunicação e precisava descansar”, diz.

Patrick tinha 45 anos e nenhuma ideia do que esperar. Mas, ao invés de fazer um mochilão pela Índia, cruzar os oceanos em um veleiro ou dar a volta ao mundo, em 2018, ele foi viver a vida que ele chama de “ordinária”. “Fiz um sabático diferente, fui subir e descer as ladeiras de Perdizes, bairro onde moro em São Paulo. Estamos sempre em busca do extraordinário, mas temos que aprender a dar valor ao que é ordinário, cotidiano.”, comenta.

Assim, ele não saiu em busca de experiências mundo afora, o jornalista foi explorar o universo que existia dentro dele.

E essa busca virou livro, e o livro virou o documentário “Pausa. O intervalo do mundo”, lançado pela Panflix.

No filme, Patrick conversa com um time de peso sobre o tempo, sobre a vida e a morte, sobre pressa e sobre o que é realmente essencial e o que é supérfluo. Entre os entrevistados para o documentário estão o velejador Alnir Klink, o bi-campeão mundial de surfe, Carlos Burle, a budista Monja Coen e o “pai”do ócio criativo, o sociólogo italiano Domenico de Masi.

Verdadeiro e inspirador, “Pausa” é um documentário necessário nos dias de hoje, em que temos que voltar nosso pensamento para o que de fato nos faz feliz.

Assista com calma.