Acolha seus medos
Nossos temores fazem parte do viver. Por isso, o caminho é reconhecer o que sentimos, transformando nossas angústias em cuidado e em coragem.
1/1/1970
11 min de leitura
Maria Luísa, minha filha de olhos inquietos, tem 5 anos. E tem também mais medos que dedos em suas mãos pequeninas. Quando vê um cachorro na rua — por mais que seja daqueles fofos com que toda criança se encanta — ela se aconchega ao meu corpo e, dependendo da proximidade da “fera”, pede meu colo. Bruxas de contos de fadas, a escuridão do quarto, a Cuca, a sombra do ventilador, a porta aberta do armário, uma mariposa e uma lagartixa… Seus pequenos e grandes terrores fazem piruetas entre ameaças potenciais e o mundo mágico da infância. Ela agora acha que a árvore que caiu na última tempestade e esmagou um carro na rua poderia derrubar o nosso prédio. Eu explico que um prédio é muito mais forte que um carro e que uma árvore. Mas a pequena fica desconfiada.
Os comentários são exclusivos para assinantes da Vida Simples.
Já é assinante? Faça login