Além de tintureira, Bárbara Pedri Sicuro é pesquisadora. E não seria exagero afirmar que ela tem também um tanto de botânica e outro tanto de química em sua jornada com a produção de tintas naturais; a começar pelo processo de coleta da matéria-prima, feito em Urubici, na serra catarinense, seu berço de inspiração e criação. “Ele acontece in loco, quando estou na natureza, presente, atenta, colhendo, conhecendo as texturas, as sazonalidades e o meio em que as plantas se desenvolvem”, diz ela, dona da Colhido à Mão.
De tempos em tempos, Bárbara cataloga o potencial das espécies que experimenta, como a folha de goiabeira serrana, carqueja, erva-mate e macela. Depois da coleta, a matéria-prima passa pela extração da cor e pela pesquisa da composição química e do grupo de corantes de cada planta. O tingimento, feito em roupas tecidas em fibras naturais produzidas por ela, passam por teste de solidez à luz e lavação.
“O banho de tinta que dá cor às peças é reciclado e transformado em pigmentos, que, por sua vez, são a base para desenvolver outras tintas”, explica a artista, vibrando num ciclo sem fim.
COLHIDO À MÃO
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