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Economia comportamental: Como arquitetar decisões?
Thomas Drouault | Unsplash
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Palestra do Festival Path mostrará como é possível melhorar a qualidade das decisões

Quantas decisões você toma por dia, desde o momento em que acorda até a hora em que vai dormir? E quantas vezes você se arrependeu de alguma decisão que tomou? Segundo a Economia Comportamental, pequenas intervenções podem ter grande efeito na qualidade dessas decisões e, por incrível que pareça, na maioria das vezes não escolhemos o que realmente é melhor para nós.

Essa disciplina é relativamente nova e estuda a forma como tomamos decisões. Lígia Gonçalves, Consultora de Marketing e exploradora desta nova ciência, afirma que diversos fatores, como vieses cognitivos e problemas de motivação e autocontrole, nos levam a tomar decisões que não condizem com nossos interesses.

“Embora a gente pense no ser humano como racional, na verdade decidimos com base na intuição na maior parte do tempo”, conta. “Mas não há nada de errado, pois é isso que nos permite tomar a quantidade de decisões que tomamos por dia”.

Nos últimos anos, dois prêmios Nobel de Economia foram dados a teóricos da Economia Comportamental, Daniel Kahneman e Richard Thaler, que estudam os efeitos de fatores psicológicos, sociais, cognitivos e emocionais na tomada de decisões. Eles colocam em cheque as teorias econômicas clássicas que se baseiam na premissa de que fazemos escolhas racionais que maximizam o retorno e minimizam o risco e o esforço.

Este tema será discutido durante o Festival Path, maior e mais diverso festival de inovação e criatividade do país. A palestra ‘Economia comportamental: como arquitetar decisões’ será ministrada por Lígia no dia 1 de junho, às 9h45, no Hotel Tivoli Mofarrej. Lá, ela explicará essa nova disciplina e dará dicas para entender como o cérebro funciona e evitar ciladas que a mente nos prega.

Um bom exemplo dado pela palestrante é o caso que aconteceu na Orquestra Sinfônica dos Estados Unidos. Eles queriam aumentar a participação de mulheres, mas não sabiam como, pois nas audições os homens sempre se sobressaiam. “Eles acreditavam que estavam escolhendo quem tinha a melhor técnica, mas não era isso que realmente acontecia”. Eles começaram a fazer audições às cegas, analisando somente o que estavam ouvindo, sem saber quem estava tocando. O resultado? Não só aumentaram o número de mulheres na Orquestra, mas também de outras minorias. “Não era um viés consciente, mas ele existia e atuava. Foi essa pequena interferência no processo que fez toda a diferença e mudou a tomada de decisões”.

Durante o painel, Ligia vai demonstrar como um melhor entendimento dos vieses cognitivos e motivacionais pode nos levar a melhorar significativamente a qualidade das decisões e empoderar as pessoas a escolherem o que de fato é melhor para elas. As aplicações são infinitas, nas mais diferentes áreas de atuação, como políticas públicas, finanças, liderança e vida pessoal.

Serviço:

Festival Path
Palestra ‘Economia Comportamental: como arquitetar decisões’
Data: 1 de Junho
Horário: 09h45 – 10h45
Local: Hotel Tivoli Mofarrej, Sala Ipiranga
Endereço: Alameda Santos, 1437 – Jardim Paulista

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