Quando você encontra o bilhete dourado
Esse post não se trata apenas de uma narrativa lúdica. Entre diálogos atemporais e nostalgia de vivências, há uma ponte interligando passado e presente.
Querido leitor, esse post não se trata apenas de uma narrativa lúdica. Entre diálogos atemporais e nostalgia de vivências, há uma ponte interligando passado e presente.
Dia desses, numa viagem que misturou uma breve pausa a um compromisso de trabalho, perambulei pela Serra Gaúcha, contemplando a cidade que esbanja encantos.
Dizem que o Coelho da Páscoa reside por lá nessa época do ano. Talvez seja crença, decerto apenas um pensamento capaz de alimentar com sabor doce o nosso imaginário.
Se chocolate é unanimidade mundial, aquela é a terra oficial do alimento que é pura energia e prazer. Pin marcado no Google!
Pelo caminho, encontrei uma menina, lá pela casa dos 50 anos. Misturados aos fios naturais e tingidos, via-se cabelos brancos. O sorriso largo não media a idade. Enfim… Tempo aqui não importa!
Entre uma xícara de café e outra de chá, percebi repousar em seus ombros um sobretudo de veludo, de cor tinto, como o vinho. Com tecido macio e discretamente brilhante, daria um look digno de filme de rei e rainha em tempos modernos.
Sobre o jeans azul desbotado e a camiseta branca, ao vestir aquele manto bordô, quase castanho-avermelhado, seu pensamento voou e, de coração saltitante, pousou num mundo fantástico embebido na mistura mágica cacau + açúcar + leite.
Pela desconhecida trilha, a menina encontrou vestes de Willy Wonka, de Augusto Glupe, de Veroca Sal. Imaginou o ir e vir dos operários que se chamavam umpa lumpas. Podia sentir o sabor de tutti-frutti do chiclete cor-de-rosa de Violet. Cogumelos coloridos também avistou por lá.
Havia no cenário uma gigante barra de chocolate, que segurou com ambas as mãos. Naquele instante, ciente de que habitava uma história que seduziu gerações pelo esplendor imaginário e lições da vida-como-ela-é, a menina sorriu!
Lentamente rasgou a embalagem, e num misto de surpresa e euforia no olhar, deparou-se com o bilhete dourado. A sua frente uma porta abriu.
Diante de si, uma fantástica fábrica chamada “VIDA”.
Havia ali uma cascata de chocolate e de desafios, uma estrada a ser vivida e degustada no ritmo que lhe fazia sentido!
Afinal, o tempo aqui não importa!
Sobre a história
A narrativa original do garoto Charlie e demais contemplados com o Golden Ticket pelo mundo da Fantástica Fábrica de Chocolates acontece em 1970, época em que nasci! Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Beijos meus!
PARA CONTINUAR COM A LU: Hoje é dia de cruzar o km 51 dessa infinita highway
LU GASTAL (@lugastal) trocou o mundo das formalidades pelo das manualidades. É advogada por formação, artesã por convicção. Autora do livro Relicário de Afetos (Editora Satolep Press), participa de palestras por todos os cantos. Desde que escolheu tecer seus sonhos e compartilhar suas ideias criativas, não parou mais de colorir o mundo ao seu redor.
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