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Praticar o amor nos aproxima do divino e dos milagres
O amor é uma forma de estar mais próximo de Deus. mauro mora/ Unsplash
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Todos nós temos em nossas vidas aqueles a quem amamos, por quem seríamos capazes de fazer sacrifícios. Namorados, esposas, pais, avôs, filhos, amigos e muitas vezes, nossos bichinhos de estimação estão no pódio da nossa capacidade de amar incondicionalmente. Mas, por que não praticamos o amor às demais pessoas com a mesma intensidade? Seria porque não as conhecemos? Os milenares ensinamentos da Cabalá nos surpreendem uma vez mais, revelando que podemos alcançar níveis inimagináveis de espiritualidade se realmente amarmos ao próximo, sem olhar a quem.

O amor incondicional precisa ir além de nossa zona de conforto

Nossos laços afetivos se desenvolvem desde antes do nascimento, com nossas mães. Elas nos nutrem, nos ninam, envolvendo-nos em amor incondicional. Ao nascer, o pai, os avós, irmãos, tios e primos aumentam o grupo de pessoas que o cercarão de amor e carinho.

Ao longo da vida, os laços afetivos vão se fortalecendo, de forma que as pessoas que se amam buscam ao máximo estar próximas umas das outras, e esse grupo de pessoas aumenta à medida que novas amizades vão surgindo. Nosso grupo de pessoas queridas aumenta, e zelamos uns pelos outros.

Não seria uma surpresa, então, que em caso de necessidade, parentes ou amigos que se amam, fizessem sacrifícios para vê-los bem, recuperados de qualquer tipo de problema.

A milenar sabedoria da Cabalá ensina que devemos compartilhar de forma incondicional, ou seja, com todo aquele que cruzar o nosso caminho, independentemente de conhecermos esse alguém ou não, mesmo que seja alguém com quem temos divergências de qualquer espécie. Somente compartilhando incondicionalmente atrairemos bênçãos em nossas vidas.

Ou seja, sob a perspectiva cabalística, ajudar somente aos nossos entes queridos é praticar o amor incondicional em nossa zona de conforto, já que não experimentaríamos incômodo em ajudar aqueles que amamos. E sabemos que a zona de conforto é o perigoso lugar onde nada floresce.

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O que é o verdadeiro compartilhar?

Segundo os antigos cabalistas, o verdadeiro compartilhar é ajudar o próximo, seja quem for. Aliás, se essa ajuda causar desconforto, parabéns! É sinal de que está no caminho correto.

Imagine-se ajudando alguém que não conhece, ou ainda, alguém com quem você já teve ou tem alguma discussão, rusga ou algo mais grave. A princípio, uma força interna irá tentar nos manter afastados da ideia de ajudar alguém que não é do nosso grupo de pessoas queridas. Ela é a “lei da gravidade” da zona de conforto, nos impedindo de sair dela, nos privando de crescer espiritualmente. O desconforto que experimentamos logo é seguido por uma sensação de liberdade espiritual indescritível, como se estivéssemos levitando acima das circunstâncias materiais.

Como ensinava Madre Teresa de Calcutá: “Doe até doer”.

O homem criado à imagem e semelhança de Deus

No livro do Gênese está escrito que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e, com isso, certamente não se referia ao aspecto físico do Criador.

Dois aspectos formam a essência divina: a capacidade de criar e a capacidade de compartilhar de forma incondicional, plena e infinita.

A palavra hebraica “Devekut”, que significa “adesão”, revela que sempre que o ser humano busca criar seus caminhos, ou seja, ser o senhor de sua caminhada, e não viver como coadjuvante da vida alheia, e sempre que busca ajudar ao próximo, de forma incondicional (o célebre “fazer o bem sem olhar a quem”), sua frequência espiritual emula a frequência divina, então experimentamos a “adesão”, ou seja, nós e o Criados vibramos como um só, e é a partir daí que os milagres começam a se manifestar em nossas vidas.

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