COMPARTILHE
Por que nos casamos?
Por que nos casamos? Abaixo, uma lista de fofas, amorosas e singelas razões (Foto: Laura Margarita Cedeño Peralta/Unsplash)
Siga-nos no Seguir no Google News
Neste artigo:

Quem nunca desejou, em meio à sua jornada, dividi-la com alguém? Maio é comercialmente o mês dos casamentos e nos leva muito a refletir: por que nos casamos?

Já vou dar um spoiler aqui: talvez a paixão nos leve ao altar, mas é o amor que nos mantém unidos, após a festa.
A paixão é um incêndio que não conhece limites, que pula muros, enfrenta o mundo e quebra regras, tudo em nome do seu desejo ardente.

Mas esse lugar, conquistado a ferro e fogo, só se sustenta se a paixão amadurecer em amor, evoluindo da posse para o apreço, do querer ter para o querer estar junto.

A paixão nos seduz com a ilusão da per­feição, enquanto o amor nos enraíza na ver­dade imperfeita de quem somos e daqueles que escolhemos. Nos casamos em um “felizes para sem­pre” que é menos conto de fadas e mais es­colha consciente e diária.

Nos casamos para menos flutuar nas nuvens do desejo e mais encontrar direção no amor, que torna a jornada significativa. Afinal, a vida não é feita apenas de aven­turas eletrizantes.

Há dias comuns, desa­fios constantes e trabalho árduo, exigindo mais amor do que paixão, mais atos con­cretos do que palavras poéticas. Nos casamos por atos sim­ples como lavar a louça, levar o lixo para fora, colocar os filhos para dormir.

É um convite diário para deixar de lado o egocentrismo juvenil e abraçar uma matu­ridade que se lança numa competição de generosidades.

Nos casamos para uma jornada que redefine nossa noção de tempo, apagando todas as pequenas mágoas do começo e desmon­tando temores futuros.

Você pode gostar de
O que esperar do casamento?
Por que muitos casamentos acabam com a chegada dos filhos?
O segredo para ter um relacionamento maduro

Um encontro de almas

Nos casamos para celebrar juntos os dias ensolarados e se aninhar nos invernos da alma, sem jul­gamentos ou conselhos, mas com um si­lêncio que ecoa em nossa dor, asseguran­do que não estamos sozinhos.

Em meio à ostentação narcisista que nos rodeia, é sentir a mão do outro apertando a sua por baixo da mesa, num gesto de ad­miração e conexão, como quem diz: “Não precisamos de nada disso para ser felizes”.

Amar fortalece, mas ser amado nos im­pulsiona a superar desafios. Com o passar dos anos, nossos corpos carregam as mar­cas da vida, os cabelos branqueiam, o vigor diminui, mas o amor não esmorece.

Como um bom vinho, a alma envelhece bem e canta: “Talvez eu seja, simplesmen­te, como um sapato velho. Mas ainda sirvo, se você quiser. Basta você me calçar. Que eu aqueço o frio dos seus pés”.

Como se disséssemos: “Fica comigo, meu amor, o melhor ainda está por vir”.

MAIS DE ROSSANDRO KLINJEY
Páscoa é tempo de celebrar os recomeços
– O amor de minha mãe me fortalece em meio ao TDAH
– Conhecer a essência do Carnaval abre portas para a leveza


Conteúdo publicado originalmente na Edição 267 da Vida Simples

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário

Para acessar este conteúdo, crie uma conta gratuita na Comunidade Vida Simples.

Você tem uma série de benefícios ao se cadastrar na Comunidade Vida Simples. Além de acessar conteúdos exclusivos na íntegra, também é possível salvar textos para ler mais tarde.

Como criar uma conta?

Clique no botão abaixo "Criar nova conta gratuita". Caso já tenha um cadastro, basta clicar em "Entrar na minha conta" para continuar lendo.