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Pare de ser perfeccionista: um passo a passo
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Tatue no braço ou repita como um mantra – estou fazendo o que posso e da próxima vez será ainda melhor. Parece autoajuda e é. Precisamos criar boias que nos salvem da nossa autocrítica destrutiva

Fale para si, em alto e bom tom: acabou. Não há mais espaço para busca da perfeição. O adjetivo perfeito só será permitido no caso de preparo do Ovo Perfeito e mesmo assim, tudo bem se ao final da receita ele desandar. A Paola Carosella há de te perdoar. Perfeição só existe pra nos separar da realização. Acredite, se o Marcelo D2 estivesse realmente em busca da batida perfeita, aquela música nunca teria sido lançada.

Dado o primeiro passo, é hora de compreender que autodesenvolvimento, aperfeiçoamento e evolução não tem nada a ver com a obsessão por ser perfeito. Porque perfeccionismo não é sobre olhar para o objeto de trabalho em si, é mais sobre medo da opinião dos outros, da crítica e a insegurança em relação ao que o mundo vai pensar de você. É a mente te sabotando e você achando que a justificativa é boa. A gente costuma dizer pra si mesmo – não é vergonha, é querer fazer o melhor. Não vamos nos enganar, né?

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Pra ficar melhor em algo, o melhor jeito é fazer. É a prática que te torna bom. Já ouviu falar na regra das 10 mil horas? Tem quem discorde do número, tem quem não concorde com nada, mas eu acredito. O que te faz ser melhor em alguma coisa são as horas que você dedica em realizá-la. E de que adianta todo seu esforço se, no fim, você não coloca no mundo? Nós não nascemos prontos, nem sabendo tudo. E isso é maravilhoso, porque significa que a vida é percurso. O que você tem para oferecer aos outros nunca será produto acabado, é processo. E adivinha? Os outros também só tem para te oferecer o mesmo.

Vamos nos salvar da nossa autocrítica

Tatue no braço ou repita como um mantra – estou fazendo o que posso e da próxima vez será ainda melhor. Parece autoajuda e é. Precisamos criar boias que nos salvem da nossa autocrítica destrutiva. Aliás, é importante não esquecer de encher a sua boia. Para isso, infle os pulmões de autoaceitação e sopre humanidade.

Ao fim, se tiver seguido o passo a passo, o resultado será imperfeição, sim, mas também a tão sonhada autenticidade. Seremos e mostraremos a o mundo apenas nós mesmos. Autenticidade e imperfeição andam juntas. E se elas não estiverem contigo, o perfeccionismo estará. E pior, ele também não anda desacompanhado. Com o tempo, ele se junta à frustração e ao arrependimento. Companhias indesejadas. Então, se faça esse favor, volte para o início do processo e repita em alto e bom tom: acabou.

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Esse artigo faz parte da Jornada do Conteúdo com Propósito & Impacto. Uma série para te ajudar a colocar sua voz no mundo, através de conteúdo original e que gere impacto positivo. Você pode conferir os demais artigos aqui e os vídeos da série no meu perfil do Instagram com os episódios 1, 2, 3, 4, 5 e 6 já no ar.

Tiago Belotte é fundador e curador de conhecimento no CoolHow – laboratório de educação corporativa que auxilia pessoas e negócios a se conectarem com as novas habilidades da Nova Economia. É também professor de pesquisa e análise de tendências na PUC Minas  e no Uni-BH. Seu Instagram é @tiago_belotte. Escreve nesta coluna quinzenalmente, aos sábados.

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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