COMPARTILHE
Para que servem as crises na nossa carreira?
JodyHong | Unplash
Siga-nos no Seguir no Google News
Neste artigo:

As crises surgem e, muitas vezes, são inevitáveis. Entretanto, a confiança no nosso valor profissional pode ficar ameaçada caso a gente encare esse momento como um fracasso pessoal. Que tal entender nossas crises? É esse o convite que Ju De Mari faz na coluna deste mês.


O que você pensa influencia a maneira como você se sente – e, claro, como você se sente tem uma relação direta com o que escolhe fazer.

O que você faz, por sua vez, gera um sentimento que pode alimentar (ou não) o que você está pensando sobre as suas capacidades e possibilidades profissionais.

Essa ligação entre pensamento-sentimento-comportamento pode aumentar (e muito) a sensação de incômodo e a ansiedade num momento de embatucação.

Quando a gente embatuca na carreira é como se o trabalho cotidiano e a visão de futuro perdessem o sentido e o rumo. Na prática, o que acontece é que a gente fica sem saber qual deve ser o próximo passo. Daí, a gente paralisa e tende a sentir uma tremenda confusão num caminho que antes era perfeitamente conhecido.

O perigo é tomar a crise na carreira como uma declaração sobre o seu valor profissional. É achar que estar em dúvida e sem saber direito o que vai fazer é um sinal de fraqueza e, pior, de incompetência.

Misturar essas dimensões pode ser muito doloroso. Traz à tona o medo e pode trazer a raiva numa intensidade bastante incômoda. Isso tira de você a energia necessária para acolher o seu momento e fazer alguma coisa diferente do que já conhece e realmente atravessar a embatucação.

Uma crise é uma chance para prestar atenção

O pensamento mais favorável para momentos de crise na carreira é aquele que associa o desafio prático e emocional de uma embatucação a uma circunstância.

É como se fosse um chamado para que a gente preste atenção ao que está fazendo e, principalmente, a como está fazendo o que tem para fazer.

LEIA TAMBÉM:

– O que você pensa sobre o medo de mudar de carreira?

– Quais limites suas crenças colocam em sua vida profissional?

– A melhor pessoa para falar sobre carreira

É uma chance para rever escolhas, valores, rotinas. É um tempo propício para entrar em contato com os nossos medos e outras emoções desconfortáveis, assim como para a apropriação dos nossos recursos, das nossas capacidades e dos nossos interesses também.

Reconecte-se com a sua essência

Embatucar não é fácil, mas é mais difícil quando a gente não se permite usar a crise para se reconectar com partes nossas que podem ter ficado pelo caminho enquanto a gente estava trabalhando.

Aqui vão quatro questões que podem ajudar você a esclarecer o que está sentindo e organizar o que está pensando nesse momento:

  1. O que você realmente gosta de fazer e o que está fazendo só porque já sabe fazer e faz direito?
  2. Quais novas habilidades você gostaria de aprender e quais situações poderiam facilitar esse processo?
  3. Você está fugindo de alguma coisa profissionalmente ou está indo na direção de alguma coisa que ainda não sabe o que é?
  4. Existe alguma maneira de experimentar novas situações antes de se comprometer com uma nova posição/atuação? Como isso pode acontecer?

Dê o primeiro passo

Quando a embatucação bate, parece que você é uma pessoa perdida. Mas, você só está passando por uma fase confusa e que tem potencial para que aprenda algumas coisas novas sobre si mesma, assim como sobre as coisas que pode aprender a fazer.

Você está parada, não está se movimentando em nenhuma direção e isso pode ser muito angustiante. Por isso, pense bem no seguinte:

Quanto um passo curioso para fora dessa sensação pode arejar a sua embatucação e trazer informação útil para lidar com a crise?

Fica mais gentil pensar assim sobre o que está acontecendo ou não?

Leia todos os textos da coluna de Ju De Mari em Vida Simples.


JU DE MARI (@prosa_coaching) é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário