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O que você quer sentir é o que você está sentindo?
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Fazer as coisas de um jeito afinado com o seu desejo de se conectar às sensações importantes é uma das atitudes mais criativas e assertivas para tempos de crise

Parece descabido perguntar como você quer se sentir diante de tudo o que, provavelmente, já está sentindo agora? Pois, não é. Eu sei que pode estar batendo medo, tristeza, raiva. E sentimentos múltiplos de angústia, ansiedade, desamparo, incerteza e insegurança. Vamos nos abraçar virtualmente? Porque duvido que, num momento tão atípico e tenso como este que estamos vivendo durante a pandemia, exista alguém imune a esse redemoinho dentro do peito e da cabeça.

Ter uma reação emocional de proporção “anormal” numa situação anormal é normal! Portanto, não se culpe. Toda emoção carrega informação: se você finge que não está sentindo, não recebe o recado que ela pode transmitir. Se você passa pela emoção pensando apenas em se aliviar do desconforto que ela está provocando (alívio é importante para tirar você da intensidade e só), você perde a oportunidade de compreender melhor o que está precisando aprender, integrar, conciliar; enfim, resolver.

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Essa é uma perspectiva útil: prestar atenção ao que se passa dentro de você, com curiosidade e sem julgar o que está sentindo. A outra é interferir no que vai acontecer, ou seja, em como você quer se sentir depois de fazer alguma coisa. Apesar de tudo o que está tão intenso e diferente, a gente ainda tem (muitas) escolhas à nossa espera e isso inclui as sensações que queremos cultivar, conscientemente, durante os nossos dias. Ainda podemos exercer o controle diante da nossa forma de funcionar e de fazer toda e qualquer coisa e esse é um tipo de ação que gera estrutura e nos devolve o senso de autonomia e liberdade onde ele é possível.

O que vale é o “como”

Podemos dar comandos mais saudáveis e favoráveis ao nosso bem-estar, mesmo sentindo muito as circunstâncias. Como você quer se sentir quando abrir os olhos, antes de sair da cama? Quando estiver diante do computador para as primeiras chamadas de trabalho da manhã? Quando fizer o check in diário para saber como está aquele familiar que mora longe? Ou quando sentar para brincar com os seus filhos? Como você quer se sentir agora, apesar de tudo de “estranho” que também está sentindo?

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A possibilidade de exercitar a consciência em relação à sua forma de agir pode trazer uma satisfação e uma leveza muito bem-vindas a um momento em que se acumulam sensações de perda. Olhe para o seu dia para além do automatismo, para além do “o que” você acha que tem que fazer. É o “como” você vai passar por isso que faz diferença para que você possa apreciar o processo e o resultado, gerando sentimentos positivos ao final das tarefas, mesmo que você esteja só arrumando uma gaveta!

Criatividade para viver

A forma como você passa pelos seus dias é o modo como a sua vida está passando, não se esqueça. Ser capaz de fazer as coisas de um jeito mais afinado com o seu desejo de se conectar às sensações importantes para você é uma das atitudes mais criativas e assertivas que você vai desenvolver para tempos de crise – e todos os outros também.

Ju De Mari é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.  

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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