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Mudar é o futuro
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Neste artigo:

Ser capaz de mudar pode ser uma fonte de segurança em vez de uma preocupação; mudanças são movimentos importantes e úteis para se manter em desenvolvimento

Há uma imensa pressão sobre todos nós para que tenhamos “respostas”, para que saibamos exatamente o que estamos fazendo e para onde estamos conduzindo as nossas vidas, para que tudo esteja sob controle e que, uma vez escolhida uma direção, nos mantenhamos firmes nela, custe o que custar. Há uma imensa pressão para que nos pressionemos!

Fico pensando o que aconteceria se questionássemos essas premissas, que endurecem a nossa relação com a vida e limitam nossas opções e nossas experiências porque condicionam nossa perspectiva e nossas vontades. Além do que toda essa rigidez pode não servir bem às nossas necessidades.

Em tempos de pandemia, em que tudo já mudou tanto, mas, às vezes, nem parece, esse tipo de exigência em relação às nossas escolhas pode gerar ansiedade e uma sensação gigante de estarmos sem rumo porque precisamos revisar (ou reinventar) o que pensávamos sobre o caminho para o futuro.

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Você, eu e todo mundo, nós temos, sim, permissão para mudar de ideia e de trajetória quantas vezes forem necessárias para que possamos nos sentir bem na nossa história, preenchidos de motivos suficientes para seguir em frente de uma forma digna. Explorar as nossas possibilidades de mudança não é errado, não é pecado, não é sinal de fraqueza ou de falta de responsabilidade. Ao contrário: ter a capacidade de ajustar o que você pensa e o que você faz a partir do que a realidade está pedindo é um sinal de uma bem-vinda (e cada vez mais necessária) flexibilidade!

Tenha coragem. Mude

Ter coragem para mudar de opinião a respeito de alguma decisão (ou de alguma atitude sua) é uma demonstração prática de consciência. Manter-se aferrado a alguma coisa que não está mais funcionando, seja um pensamento, seja uma ideia, seja um emprego, seja um modo de fazer as coisas num trabalho ou numa relação, não faz de você uma pessoa mais comprometida, leal ou dedicada. Apenas faz você se manter embatucada, parada, travada.

Mudar de ideia, rever sua abordagem e seus hábitos, avaliar seu repertório e seus recursos, ampliar sua perspectiva, encontrar formas diferentes de lidar com questões novas e antigas, são movimentos importantes e úteis para se manter em desenvolvimento, cuidando da parte que cabe a você diante das circunstâncias. E as circunstâncias agora são assustadoras e inéditas, eu sei.

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Se não podemos controlar os rumos da realidade, lembre-se que ainda podemos fazer (muitas) escolhas, apesar de toda a incerteza que acompanha a pandemia. É altamente recomendável que sejamos capazes de cultivar a curiosidade cotidianamente, por exemplo, ainda que estejamos restritos aos movimentos dentro de casa. Será que você já (re)descobriu algum talento durante a quarentena? Eu aprendi a fazer pão!

Uma fonte de segurança

Podemos cultivar também a clareza possível ao observar nossas preferências e nossos limites nas situações que estão se apresentando no ambiente doméstico e no desenrolar de todos os nossos papéis ao-mesmo-tempo-agora. Mudar de perspectiva, de ideia, de comportamento ou de rota não é ruim, embora não costume ser fácil. Mas não deveria ser um tabu! O que está pedindo uma chance ou a sua revisão agora, um olhar generoso para as coisas que você sabe fazer, mas parecem bobas para virar opção? Ser capaz de mudar pode ser uma fonte de segurança em vez de uma preocupação, já pensou se a gente pensasse assim?

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Ju De Mari é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.  

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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