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Liderança feminina e o olhar da mulher para os negócios
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Uma das coisas que me ajudam a viver melhor é a música. Organizo minhas playlists para momentos distintos e tenho um gosto musical muito diversificado. E, sempre que posso, gosto de ir a apresentações musicais. A última foi o concerto de encerramento da 40ª Oficina de Música de Curitiba, evento que acontece na capital paranaense e que reúne músicos, professores e estudiosos de música de todo o Brasil com aulas, oficinas e cursos, além de apresentações gratuitas pela cidade.

O concerto em si foi variado, pois se tratava do final de um trabalho intenso, de corpos, mentes e almas que amam a música, alunos e seus mestres. Vários momentos me emocionaram, como o solo de um violinista de apenas 17 anos, Guido Sant’Anna, o coral de 200 vozes, composto, em sua maioria, por pessoas comuns que se dedicam ao canto coral como hobby. Entre os participantes do coral estava Amora, uma cadela-guia que acompanhava seu tutor. Uma ode às possibilidades humanas, à paixão pela arte, à diversidade, à inclusão.

Outro personagem que roubou minha atenção foi a jovem maestrina Natália Larangeira. Chamada ao palco pelo maestro Abel Rocha, ela regeu a orquestra com precisão e autoridade, deixando claro que sabia o que fazia e o que queria. Sua figura imponente e suas mãos com doces comandos deram um brilho adicional à peça de Maurice Ravel.

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Essa experiência confirma o quanto a liderança feminina tem se tornado mais forte e visível em todas as áreas e profissões. Líderes mulheres costumam ser mais sensíveis, mais abertas às possibilidades, mais inclusivas e mais resilientes, até porque, se não fossem, não venceriam as barreiras que ainda existem.

Mas mulheres em cargos de liderança não são apenas competentes e entregam resultados. São também fonte de inspiração para as gerações que estão começando a construir seus caminhos e precisam vencer muitas barreiras, boa parte delas internas, como o medo e a autossabotagem.

E falo com propriedade, pois fui influenciada e estimulada por várias mulheres fortes que encontrei ao longo de minha jornada executiva. Dentre elas, destaco Monica Beckert, que começou como secretária e hoje é a CEO de uma empresa que fatura mais de R$ 1 bilhão por ano. Assim como Natália e Monica, há muitas mulheres se destacando na liderança, e elas devem ser vistas como potenciais cada vez maiores de uma transformação das empresas, da sociedade e de um mundo mais próspero, afetivo e empático.

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