Cultivando o amor
Uma reflexão sobre como aprender a se relacionar com aquilo que mais queremos e buscamos na vida. De uns tempos para cá, comecei a perceber que o amor era como qualquer outra virtude
Uma reflexão sobre como aprender a se relacionar com aquilo que mais queremos e buscamos na vida. De uns tempos para cá, comecei a perceber que o amor era como qualquer outra virtude
Decidi que na coluna deste mês escreveria sobre o amor. E, antes de começar a digitar essas palavras, percebi uma certa resistência em mim. Uma certa crítica interna. Talvez por ter acreditado por tanto tempo que o falar de amor era algo piegas. Ou que homens não falam de amor.
Eu achava que o amor era simplesmente algo que acontecia magicamente. Que, de um dia para o outro, eu explodiria em amor e ficaria assim para o resto da minha vida. Mas, de uns tempos para cá, comecei a perceber que o amor era como qualquer outra virtude. E, no meu entendimento, as virtudes precisam ser compreendidas e desenvolvidas. Todos nós temos aqui dentro as sementes de cada uma. Precisamos apenas criar condições para que elas floresçam.
Sobre amor
E com o amor é a mesma coisa. Podemos cultivar, observar. E a melhor forma de perceber isso é pelos relacionamentos de maneira geral. Não apenas os afetivos. O curioso é que todos nós estamos em busca de amor. Vemos filmes, escutamos músicas que falam de amor, mas quanto tempo de fato nos dedicamos a compreendê-lo? Por que consigo sentir amor por algumas pessoas e por outras não? Por que esse amor gigante que sinto às vezes desaparece? Quanto amor eu sinto por mim mesmo?
Comecei a refletir sobre isso e a identificar crenças, como achar que o amor é algo que pode acabar a qualquer momento, ou que deve ser exclusivo para uma única pessoa. E assim fui compreendendo meus mecanismos e como eu mesmo me fechava. A cada entendimento, uma nova libertação, e o amor vai ficando cada vez mais presente na minha vida. Me lembrando que ele é nosso estado natural, que reside por baixo de todas as nossas crenças. E que só precisamos nos lembrar e abrir espaço.
Gu Tanaka observa o mundo, observa a si mesmo e compartilha os aprendizados da forma mais simples que consegue. @gutanaka
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