COMPARTILHE
A solidariedade pode ser praticada em todos os cenários
Em um mundo tão diverso, praticar a solidariedade nos torna mais humanos (Foto: Youssef Naddam/Unsplash)
Siga-nos no Seguir no Google News

Esses dias, estava caminhando em uma avenida da capital paulista quando me de­parei com uma cena que me fez refletir so­bre as complexidades da vida moderna.

Era um daqueles momentos em que o cenário ao redor se torna palco para as mais diver­sas realidades se entrelaçarem.

Uma moça passou por mim, trajando rou­pas de atleta, com um fone nos ouvidos e óculos escuros. Ela corria com determi­nação, como se estivesse competindo em uma maratona pessoal. Sua velocidade era impressionante, parecia que estava fugin­do de algo ou buscando desesperadamente alguma coisa que não conseguia alcançar.

Do lado oposto da calçada, vinha uma se­nhora idosa, desgastada pela vida, vestindo trapos. Com uma caneca na mão, ela pedia esmolas. Seus olhos cansados buscavam a compaixão dos transeuntes, mas pareciam ignorados pela maioria.

Ao seu lado, um ca­deirante, com uma expressão de sofrimen­to gravada no rosto, tentava, em vão, falar algo, talvez pedir ajuda, mas suas palavras se perdiam em meio ao ruído da avenida.

Você pode gostar de
Como começar a praticar a solidariedade?
A felicidade mora nas relações
Saber pedir ajuda é sinal de coragem e sensibilidade

A solidariedade nos movimenta

Enquanto ia em direção à senhora ido­sa e ao cadeirante, minha mente vagava entre pensamentos sobre as diferentes jornadas que cada um de nós percorre.

A moça atlética disparava em sua própria corrida, talvez em busca de superação pessoal ou simplesmente fugindo dos problemas.

A velha senhora e o cadeirante pareciam estar em uma corrida de so­brevivência contra as adversidades. E ali estava eu, um mero espectador momentâ­neo em suas trajetórias, tentando enten­der o significado por trás das suas lutas.

À medida que me aproximava deles, senti um misto de compaixão e impotência. O que eu poderia fazer para ajudar? Dar algumas moedas à senhora idosa? Oferecer uma palavra de conforto ao cadeirante?

Mas será que isso seria o suficiente ou apenas um paliativo para as dores que enfrentavam?

Tomei uma decisão. Não poderia mudar o destino deles, mas podia oferecer um gesto de solidariedade. Aproximei-me da senhora e do cadeirante e, sorrindo, es­tendi minha mão em apoio.

Não sei se fiz a diferença na vida dos dois, mas fiz o que pude. Talvez seja isso o mais importante: não ficar paralisado diante das injustiças que testemunhamos todos os dias, mas agir, mesmo que seja apenas com um gesto singelo.

Pois cada pequeno ato de empatia é um passo em direção a um mundo mais humano e acolhedor.

Mais de Kaká Werá
A filosofia do Bem Viver propõe princípios para uma vida plena
– Busca por autenticidade é um desafio em tempos de telas
– Escolha a compaixão no lugar do julgamento


Conteúdo publicado originalmente na Edição 266 da Vida Simples

Para acessar este conteúdo, crie uma conta gratuita na Comunidade Vida Simples.

Você tem uma série de benefícios ao se cadastrar na Comunidade Vida Simples. Além de acessar conteúdos exclusivos na íntegra, também é possível salvar textos para ler mais tarde.

Como criar uma conta?

Clique no botão abaixo "Criar nova conta gratuita". Caso já tenha um cadastro, basta clicar em "Entrar na minha conta" para continuar lendo.

A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.

Vida Simples transforma vidas há 20 anos. Queremos te acompanhar na sua jornada de autoconhecimento e evolução.

Assine agora e junte-se à nossa comunidade.

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário