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A força dos laços que criamos ao pedir ajuda
Foto: Unsplash
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Quando pensamos em pedir ajuda, muitas vezes hesitamos. Seja por orgulho, medo de incomodar ou a crença de que podemos lidar com tudo sozinhos.

Precisei fazer uma viagem a São Paulo mais longa do que o normal. Meu filho ficou com o pai, assim como o cachorrinho. Mas meu gato, o Bento, que é velhinho e quase cego, ficaria em casa.

Fiquei receosa de tirá-lo do ambiente onde ele se sente seguro. Resolvi pedir ajuda e postei no grupo de whatsapp do prédio, perguntando se alguém conhecia um profissional que pudesse vir alimentá-lo e fazer companhia. Para minha surpresa, dois casais de vizinhos se ofereceram para cuidar dele.

Uma ajuda inesperada

Durante os dias em que estive fora, esses vizinhos – também apaixonados por gatos – se revezaram para cuidar do Bento. Mandavam-me fotos e vídeos diariamente para me tranquilizar. Davam colo para o bichinho carente e garantiam que ele se sentiria amado.

O curioso é que eu nunca havia encontrado esses vizinhos antes, já que sou relativamente nova no prédio e, trabalhando em home office, raramente cruzo com alguém no elevador.

Descobri que são dois casais paulistanos que se mudaram para Curitiba em busca de uma vida mais tranquila. Fiquei encantada com a empatia e disposição desses jovens.

pedir ajuda

Esse é o Bento em uma das fotos que os meus vizinhos me enviaram.

Abrir as portas para solidariedade

Por vezes, precisamos pedir ajuda e, felizmente, há muitas pessoas dispostas a estender a mão. A solidariedade cria pontes, e, às vezes, essas pontes começam com um simples pedido. Afinal, não há vergonha em reconhecer que precisamos dos outros. Pelo contrário, é um ato de confiança permitir que alguém entre em nossa vida e, quem sabe, ajude a escrever um novo capítulo, ainda mais bonito, em nossa história.

Quantas vezes sofremos em silêncio, quando alguém, talvez inesperado, estaria disposto a nos ajudar, mesmo nas coisas mais simples?

Pedir ajuda – seja para encaminhar um currículo, fazer uma apresentação importante, encontrar uma nova moradia ou cuidar de nossos bichinhos – não deve ser motivo de vergonha, mas sim de orgulho.

Ajudar e ser ajudado são atos que nos conectam, que trazem felicidade tanto para quem recebe quanto para quem oferece. Quando abrimos espaço para a solidariedade, criamos laços que nos fazem sentir verdadeiramente vivos e úteis para o mundo.

Nota: descobri que o casal se ajudavam mutuamente com os gatos uns dos outros quando viajavam. Agora entrei para o grupo de apoio: “Meliantes em observação”😻 para apoiar quando necessário.

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