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A arte de envelhecer: Valorize a experiência de vida
Anvesh
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Nunca liguei muito para esse troço de envelhecer. Sendo bem sincera, na maior parte das vezes, eu quis acelerar o tempo. Filha caçula, com amigos quase sempre mais velhos, lembro-me de mentir para as amigas que já tinha menstruado só para provar que o tempo também passava para mim.

Com 18 anos cravados, corri para fazer uma tatuagem. Quase fiz um calango no pé, mas sobrou para o cavalo-marinho nas costas – e que agora virou um grande borrão depois do laser do arrependimento. Corri para tirar carteira de motorista e hoje pago para alguém dirigir por mim. Corri para me formar e me ver livre da escola e, mais tarde, peguei-me cursando uma nova faculdade. Assisti, às gargalhadas, à angústia de amigas chegando à casa dos 30.

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