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O que aprendi ao cuidar do meu avô com Alzhei­mer
Gabriela esteve junto de seu avô Oswaldo até o último abraço. Não foi fácil testemunhar o avanço do Mal de Alzheimer. Houve momentos de desânimo e até desespero. “Mas se o amor não for maior do que tudo isso, de que vale a vida?”, ela questiona (ILUSTRAÇÃO: MANOELA AMBROSIO)
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O Mal de Alzhei­mer é assim: a cada respiração, os movimentos são dife­rentes, ao passar um segundo as lembranças do agora não existem mais. Às vezes, as bati­das são as mesmas; outra hora, não perten­cem a ninguém, não têm memórias e muito menos algum resquício de vida. É como se o corpo estivesse ali, vivo. Pulsando, funcio­nando, mas a alma, não. Ela está perdida no espaço? No passado? No futuro? Quem sabe?

A lucidez e as histórias, essas não voltam mais. Não voltam, mas se transformam em uma aquarela, na qual as cores são leves, misturam-se facilmente. Às vezes, são trans­parentes como água, mas, em dado momento, podem ser uma linda obra de arte.

A tristeza do diagnóstico de Mal de Alzhei­mer

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