Para que servem as crises na nossa carreira?
As crises surgem e, muitas vezes, são inevitáveis. Não encare esse momento como um fracasso pessoal. Que tal entender nossas crises?
As crises surgem e, muitas vezes, são inevitáveis. Entretanto, a confiança no nosso valor profissional pode ficar ameaçada caso a gente encare esse momento como um fracasso pessoal. Que tal entender nossas crises? É esse o convite que Ju De Mari faz na coluna deste mês.
O que você pensa influencia a maneira como você se sente – e, claro, como você se sente tem uma relação direta com o que escolhe fazer.
O que você faz, por sua vez, gera um sentimento que pode alimentar (ou não) o que você está pensando sobre as suas capacidades e possibilidades profissionais.
Essa ligação entre pensamento-sentimento-comportamento pode aumentar (e muito) a sensação de incômodo e a ansiedade num momento de embatucação.
Quando a gente embatuca na carreira é como se o trabalho cotidiano e a visão de futuro perdessem o sentido e o rumo. Na prática, o que acontece é que a gente fica sem saber qual deve ser o próximo passo. Daí, a gente paralisa e tende a sentir uma tremenda confusão num caminho que antes era perfeitamente conhecido.
O perigo é tomar a crise na carreira como uma declaração sobre o seu valor profissional. É achar que estar em dúvida e sem saber direito o que vai fazer é um sinal de fraqueza e, pior, de incompetência.
Misturar essas dimensões pode ser muito doloroso. Traz à tona o medo e pode trazer a raiva numa intensidade bastante incômoda. Isso tira de você a energia necessária para acolher o seu momento e fazer alguma coisa diferente do que já conhece e realmente atravessar a embatucação.
Uma crise é uma chance para prestar atenção
O pensamento mais favorável para momentos de crise na carreira é aquele que associa o desafio prático e emocional de uma embatucação a uma circunstância.
É como se fosse um chamado para que a gente preste atenção ao que está fazendo e, principalmente, a como está fazendo o que tem para fazer.
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É uma chance para rever escolhas, valores, rotinas. É um tempo propício para entrar em contato com os nossos medos e outras emoções desconfortáveis, assim como para a apropriação dos nossos recursos, das nossas capacidades e dos nossos interesses também.
Reconecte-se com a sua essência
Embatucar não é fácil, mas é mais difícil quando a gente não se permite usar a crise para se reconectar com partes nossas que podem ter ficado pelo caminho enquanto a gente estava trabalhando.
Aqui vão quatro questões que podem ajudar você a esclarecer o que está sentindo e organizar o que está pensando nesse momento:
- O que você realmente gosta de fazer e o que está fazendo só porque já sabe fazer e faz direito?
- Quais novas habilidades você gostaria de aprender e quais situações poderiam facilitar esse processo?
- Você está fugindo de alguma coisa profissionalmente ou está indo na direção de alguma coisa que ainda não sabe o que é?
- Existe alguma maneira de experimentar novas situações antes de se comprometer com uma nova posição/atuação? Como isso pode acontecer?
Dê o primeiro passo
Quando a embatucação bate, parece que você é uma pessoa perdida. Mas, você só está passando por uma fase confusa e que tem potencial para que aprenda algumas coisas novas sobre si mesma, assim como sobre as coisas que pode aprender a fazer.
Você está parada, não está se movimentando em nenhuma direção e isso pode ser muito angustiante. Por isso, pense bem no seguinte:
Quanto um passo curioso para fora dessa sensação pode arejar a sua embatucação e trazer informação útil para lidar com a crise?
Fica mais gentil pensar assim sobre o que está acontecendo ou não?
Leia todos os textos da coluna de Ju De Mari em Vida Simples.
JU DE MARI (@prosa_coaching) é uma jornalista que virou coach para mulheres na PROSA Coaching. Pratica singelezas como forma de se relacionar com a vida de maneira mais criativa. Adora flores e fotografia, tem dois filhos e raízes no frevo pernambucano. Nesta coluna mensal, compartilha reflexões sobre transição de carreira e de estilo de vida para inspirar pequenas revoluções possíveis e práticas.
*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.
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