Somos suficientes exatamente como somos
O leitor Robson Nunes da Silva enviou para o blog Você + Simples um texto sobre a autoaceitação e elementos de sua própria história

A jornada para uma vida plena começa com a aceitação de quem somos. Quando falamos sobre autoestima e autoconfiança, não estamos falando apenas da aparência ou do que os outros pensam de nós, mas de como nos vemos e nos tratamos no dia a dia. Isso é especialmente importante para a comunidade LGBT+, que muitas vezes enfrenta dificuldades por causa do preconceito e da pressão da sociedade.
Desde pequenos, somos ensinados que precisamos ser de um jeito para ser aceitos. A sociedade cria regras rígidas e padrões de comportamento que muitas vezes nos fazem duvidar de quem somos. O bullying, a discriminação e a falta de apoio podem nos fazer questionar nosso valor e achar que não merecemos amor e respeito.
Obstáculos pelo caminho
Eu mesmo passei por isso. Sofri muito bullying na infância, o que me fez criar uma máscara para me proteger. Usei essa máscara por anos, escondendo quem eu realmente era. Isso me causou muitas feridas emocionais, me impediu de viver minha adolescência de forma plena e afetou minha autoestima. Durante muito tempo, achei que só seria aceito se fosse diferente do que eu realmente sou. Foi uma luta constante entre ser eu mesmo e tentar agradar aos outros, principalmente meus pais. Só depois de muito autoconhecimento e aceitação, consegui deixar essa máscara de lado e realmente me aceitar.
Esse processo não aconteceu da noite para o dia. Foi uma jornada de aprender a olhar para dentro e confrontar os medos e inseguranças que eu carregava. Precisei entender que minha verdadeira essência não deveria ser escondida e que merecia ser vista, aceita e amada. Foi só quando eu comecei a me olhar com mais carinho e respeito que percebi o poder de uma autoestima genuína.
Um passo por vez
A autoconfiança não vem de ser perfeito ou de buscar aprovação externa. Ela vem de entender que somos completos e suficientes do jeito que somos. Precisamos aprender a ver nossos desafios como oportunidades de crescimento, a ser gentis com nós mesmos e a aprender com os erros. Quando nossa autoestima está bem, conseguimos estabelecer limites saudáveis, atrair relacionamentos que nos respeitam e fazer escolhas que nos ajudam a viver com propósito.
Esse caminho não é fácil e pode demorar, mas é possível. Mesmo com todos os desafios que a sociedade impõe, podemos construir uma vida mais autêntica e saudável. Quando nos focamos no autoconhecimento, na aceitação e na compaixão, nossa relação com nós mesmos e com os outros melhora.
Para a comunidade LGBT+, fortalecer a autoestima e a autoconfiança não é só um ato de resistência, mas também uma forma de mostrar amor-próprio. É entender que, apesar das dificuldades, merecemos respeito, amor e uma vida plena.
A jornada para fortalecer nossa autoestima é contínua, mas o primeiro passo é sempre o mais importante: acreditar que somos suficientes exatamente como somos.
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Robson Nunes é psicoterapeuta especializado em Terapia Breve e PNL (Programação Neurolinguística). Ajuda a comunidade LGBT+ a superar desafios emocionais e a resgatar sua verdadeira essência, com uma abordagem focada na autoestima, autoaceitação e autoconfiança.
Este texto foi produzido por uma pessoa assinante da Comunidade Vida Simples e publicado no blog Você + Simples. Escolha um de nossos planos e tenha a possibilidade de ter seu texto avaliado e publicado pela Vida Simples.
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