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Por que as pessoas estão fazendo menos sexo e como mudar isso?
Becca Tapert
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Alívio do estresse, melhora no sistema imunológico, melhora na saúde cardiovascular e qualidade do sono. Esses são alguns dos benefícios que o sexo pode trazer à saúde, isso porque contribui para a liberação dos hormônios do bem-estar, eleva a produção de anticorpos, além de estimular hormônios do relaxamento. Por outro lado, embora seja importante em um relacionamento, pesquisam mostram que as pessoas têm praticado relações sexuais com menor frequência.

Uma pesquisa conduzida no Reino Unido revelou que a frequência das relações sexuais entre casais casados está em queda. Segundo o estudo, aproximadamente 3 em cada 10 homens e mulheres entrevistados relataram não ter tido atividade sexual no mês anterior à pesquisa. Além disso, 51% das mulheres e 64% dos homens expressaram o desejo de ter relações sexuais com mais frequência.

Mas o que explica a redução da prática sexual mesmo com todos os benefícios que ela traz à saúde? Várias justificativas dão coro ao resultado da pesquisa, como o cansaço depois de um dia longo de trabalho ou a prioridade de outros compromissos. No entanto, especialistas destacam que é importante valorizar a sensação de felicidade, bem-estar e autoestima que surge em decorrência de uma relação sexual saudável.

Como o sexo pode se tornar mais presente no cotidiano?

Para a especialista em sexualidade Julia Franco, o desejo sexual nem sempre virá de forma automática, e dificilmente existe sem estímulos. “Esperar que o desejo venha é um erro comum que faz com que os casais diminuam a quantidade e a qualidade das relações sexuais”, destaca Franco, que é proprietária da marca Lua e Sol Eróticos.

É comum que, na maioria dos casais, pelo menos um dos parceiros tenha desejo responsivo. Isso porque a excitação que surge após um estímulo é mais comum do que o desejo espontâneo.

“Praticamente 75% das mulheres e 25% dos homens funcionam dessa maneira. Se vê como uma dificuldade por causa da expectativa”, explica Dani Fontinele, terapeuta sexual e sexóloga clínica.

Por isso, segundo a terapeuta, é importante conhecer bem como o desejo se comporta no seu corpo. Assim, é possível dialogar com o parceiro na relação sobre as melhores estratégias de estímulo.

Além disso, Dani Fontinele destaca que é comum o sexo ficar como o último na lista de prioridades, algo que considera um erro. “É importante priorizar o sexo e o tempo junto com o parceiro“, explica.

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5 estratégias para incluir a prática sexual na rotina

Embora as particularidades e ritmos de vida sejam diferentes, é importante buscar iniciativas e caminhos que ajudem a incluir o sexo na rotina. Isso inclui conversas e diálogos sobre o tema, mas também outras ideias que podem funcionar, a depender do estágio do relacionamento e da abertura que o casal tem com o tema.

  1. Conheça a si mesmo e ao seu parceiro. Essa dica é especialmente importante se você se relaciona com alguém que tenha desejo responsivo. Embora tomar a iniciativa seja o primeiro passo, isso só não basta. “Quem tem desejo responsivo precisa saber como quer ser comunicado e o que gosta no sexo. Porque é muito difícil ter vontade daquilo que a gente acha ruim”, explica Dani Fontinele.
  2. Sexo por agendamento. A ideia pode parecer estranha para algumas pessoas, mas isso ajuda a incluir o sexo como prática na rotina. Mas, cuidado! Essa estratégia é mais segura em casos específicos. “Isso não resolve para todas as pessoas, mas sim quando a gente vê um casal que se ama e que o relacionamento está saudável, mas a vida está muito corrida”, sugere Dani Fontinele.
  3. Diálogo e divisão de tarefas pode ser uma saída. Quem sugere isso é a Julia Franco, especialista em sexualidade. “Sugiro que comecem escolhendo um dia da semana para fazer algo juntos que não seja ligado à rotina”, destaca.
  4. Alimente o cérebro com assuntos sobre sexo. “Entre em contato com textos, vídeos, áudios eróticos e sexuais no dia a dia”, sugere Bárbara Bastos, sexóloga clínica e educacional. Além disso, manter uma comunicação sexual ativa e saudável é fundamental. 
  5. Ajuste o sexo para horários mais propícios. “Às vezes, deixar para o final do dia não é a melhor opção”, explica Bárbara Bastos. Ela explica ainda que é importante atrelar isso com hobbies e práticas que tragam prazer, afinal, a sexualidade está ligada ao prazer pela vida e não só ao relacionamento.

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A vergonha e a frustração podem ser companhias indesejáveis, seja em um relacionamento ou durante o sexo casual, se você é solteiro ou vive em uma relação não monogâmica. As pressões estéticas, traumas anteriores e a exigência por um padrão ou performance sexual pode prejudicar o prazer sexual.

Para Bárbara Bastos, o autoconhecimento é fundamental para superar isso. “Muitas das inseguranças partem de um lugar do desconhecido, para isso, pesquisar e entender sobre educação sexual e sobre o seu próprio corpo são muito importantes para alcançar essa segurança”, sugere.

Para Dani Fontinele, a vergonha é uma espécie de assassina do prazer, já que ela considera impossível sentir prazer com vergonha.

“Ela sempre vai aparecer quando a gente pensa em fazer ou quer fazer algo que é considerado errado, proibido ou pecado”, explica a terapeuta. Em momentos assim, ela destaca que é importante se questionar sobre de onde vem esse sentimento. Além disso, buscar ajuda profissional, como um especialista em saúde mental, é uma saída importante.

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