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Saiba acolher sua criança interior
Annie Spratt
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O quartinho onde dormia, quando criança, não era mais do que uma despensa no fundo da cozinha. Ali eram armazenados panos de chão, vassoura, latão de farinha. No canto da parede, uma cama. Flavia Wenceslau, que perdeu a mãe aos 4 anos e enfrentou conflitos com a madrasta, ainda se lembra bem onde a menina abandonada que ela foi passava as noites.

O retrato desse tempo se tornou mais vivo quando, grávida do terceiro filho, e atravessando uma separação, Flavia recorreu à terapia. Havia passado por duas cesáreas agora queria um parto natural. “Eu entrei em contato com essa memória de me sentir insignificante, de achar que meu lugar no mundo era o de coisas que não valiam a pena ser vistas.”

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