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Rios escondidos de São Paulo
TIAGO QUEIROZ
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A relação da capital paulistana com a água é complicada. “São Paulo tem mais de 800 rios, a grande maioria fechada. Andamos sobre eles todos os dias e, muitas vezes, não vemos nenhum. Como pode isso?”.

Para descobrir ou imaginar como seria a megametrópole com seus rios e riachos abertos, o jornalista João Prata conheceu a fundo o projeto Rios e Ruas, criado, em 2010, pelos amigos José Bueno, arquiteto e urbanista, e Luiz de Campos Júnior, geógrafo, que passeiam pelos bairros buscando nascentes soter- radas e caminhos para a revitaliza- ção.

Ao longo desses anos, descobriram centenas de rios esquecidos ou desprezados, como o trajeto do Córrego do Sapateiro, que nasce no cano de um prédio no bairro da Vila Mariana, abastece o lago do Parque Ibirapuera e deságua no Rio Pinheiros.

Para reunir essas histórias– e finalmente visualizar a cidade imaginada, com suas águas limpas e livres –, João, ao lado da dupla de pesquisadores, lançou a obra Rios e Ruas (Prata Editorial), patrocinada pela Sabesp. “Se esse livro servir para diluir um pouco o medo que a gente tem da cidade e dos cidadãos, já valeu”, reflete José Bueno.

ilustração da cidade de São Paulo com prédios, um rio e árvores ao redor. ILUSTRAÇÃO: EDUARDO BAJZEK

Para saber mais:

RIOS E RUAS

@rioseruas


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