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Bienal do Lixo propõe reflexão com resíduos transformados em arte
(Foto: Divulgação) Evento é gratuito e convida o público a repensar sua relação com o consumo, os resíduos e o meio ambiente
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O lixo tem muito mais valor do que apenas o descarte. Ele também pode ser ferramenta e material artístico que, por sua vez, tem potencial de transformação social. Essa é a proposta da Bienal do Lixo, que inicia sua segunda edição nesta quarta-feira (21/5) e vai até sábado (25/5), no Parque Villa-Lobos, em São Paulo.

O evento é gratuito e convida o público a repensar sua relação com o consumo, os resíduos e o meio ambiente. Com programação diversificada e acessível, a iniciativa aposta na arte como ferramenta de conscientização e transformação social.

“A Bienal surgiu na necessidade de produzir um projeto com propósito e causa. Em paralelo, tínhamos clientes que pediam um projeto de sustentabilidade que ainda não existia. Mergulhamos nesse mundo do lixo, ficamos apaixonados e entendemos que existe um preconceito acerca do assunto. E hoje, na Bienal, trazemos essa reflexão: ao ver a qualidade da arte em exposição, você não associa [as obras] ao lixo”, conta Mario Farias, um dos idealizadores e diretor do evento.

A atração principal conta com obras de dez artistas que utilizam materiais descartados, como plástico, papelão e eletrônicos, para criar arte. O objetivo é provocar o público a repensar o que chamamos de “lixo” e revelar o potencial criativo e transformador dos resíduos. Depois, a mostra seguirá para Salvador, onde ficará de 4 a 8 de junho.

Para o idealizador, é através desse tipo de evento que é possível promover a sustentabilidade e a arte, principalmente ao criar oportunidades e dar espaço para artistas do Brasil e do mundo inteiro. Entre os nomes da exposição, estão Agatha De Faveri, Leo Piló, Gabriel Gombossy, Calvo, Débora Muszkat, Jota Azevedo, Marcos Sachs, Paulo Lattarullo, Isquisito e Ca Cau.

Espaço interativo, desfile consciente e participação internacional

A edição de 2025 traz novidades como a Casa Sustentável, um espaço interativo que apresenta soluções simples para uma vida mais ecológica, e o Desfile de Moda Consciente, que coloca em pauta os impactos da indústria têxtil. Outro destaque será a participação da ONG queniana Ocean Sole com exibição de esculturas feitas com chinelos reciclados coletados em praias e oceanos.

Para quem deseja participar de forma mais ativa, a Bienal oferecerá oficinas criativas e a Miniusina de Transformação, onde tampinhas plásticas serão recicladas ao vivo e convertidas em novos objetos, como chaveiros e porta-copos.

A programação ainda inclui os tradicionais Painéis de Diálogos, com rodas de conversa nos dias 21 e 22 de maio, e a Mostra de Cinema entre os dias 23 e 25, com longas e curtas que abordam arte, sustentabilidade e meio ambiente, além de bate-papos sobre as obras.

“Quando se fala em sustentabilidade, falamos em amor e em respeito. Quando você respeita, você cuida, organiza e planeja para as gerações futuras. A cultura cria impacto e traz reflexões que tem como consequência a mudança de hábitos.”

Com atividades para todas as idades e recursos de acessibilidade como Libras, audiodescrição e materiais inclusivos, a Bienal do Lixo é um dos principais eventos culturais e socioambientais do país. A edição deste ano também se alinha com a COP 30 (Conferência do Clima), que será realizada em Belém, no Pará.

Serviço:

Data: 21 a 25 de maio de 2025
Local: Parque Villa-Lobos, São Paulo
Horário: Das 9h às 18h
Entrada: Gratuita, via Sympla
Endereço: Av. Professor Fonseca Rodrigues, 2.001 – Alto dos Pinheiros – São Paulo/SP
Site: www.bienaldolixo.com.br
Facebook/Instagram: @bienaldolixo

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