
Filmes sobre o envelhecer
- TEXTO Alexandre Carvalho dos Santos
- FOTOGRAFIA Getty Images
- DATA: 02/08/2019
Histórias que falam da inevitável passagem do tempo e como lidamos com essa fase da vida
O escritor Philip Roth compôs uma série de livros elogiadíssimos sobre o passado não muito distante dos Estados Unidos: Pastoral Americana, Casei com um Comunista e A Marca Humana – que lançou respectivamente aos 64, 65 e 67 anos de idade.
Vencedor de um Prêmio Pulitzer, ele acreditava que “a vida sem escrever não valia a pena”. Só que Roth cansou. Seus últimos trabalhos foram em tom de despedida, um prólogo do anúncio recente de sua aposentadoria – da escrita e da vida pública.
Uma das obras mais marcantes desse adeus literário é A Humilhação que virou filme com Al Pacino – com o título de O Último Ato. O protagonista é um ator veterano que acha que a velhice lhe roubou o dom da interpretação. Mas seus planos de amargar uma lenta e solitária decadência são atrapalhados por Pegeen (Greta Gerwig), a filha de amigos dele – que reacende uma paixão de infância pelo velho ator.
Os clássicos sobre o tema
Era uma vez em Tóquio
Até o mais durão dos lutadores de MMA é capaz de derramar uma lágrima diante do drama “Era uma vez em Tóquio” (1953), do mestre japonês Yosujiro Ozu. Um adorável casal de idosos viaja a Tóquio para visitar os filhos – que estão sempre atarefados para dar atenção a eles. Mas, à indiferença e ao egoísmo, os mais velhos respondem com uma lição de paciência e sabedoria.
Amor
A rotina de um casal de professores de música se modifica quando Anne sofre um derrame e fica entregue aos cuidados do marido. O filme de Michael Haneke, “Amor” (2012), mostra a degradação e a entrega desses dois octogenários – que não fingem ignorar o que estão vivendo. E extrai poesia justamente do que é levar esse amor às últimas consequências.
Longe Dela
Como lidar com o Alzheimer do amor de sua vida? Enquanto Fiona (Julie Christie) vai perdendo o contato com a realidade, seu marido tem de reaprender como se aproximar da companheira de tantas décadas – agora, uma mulher que mal o reconhece. O filme de Sarah Polley, “Longe Dela” (2006), fala de perda, de adaptação e do amor que, muitas vezes, nada pede em troca.
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