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Óleos essenciais influenciam no corpo e na mente
(FOTO: UNSPLASH) os óleos essenciais trabalham com o ser humano em diversas dimensões
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Há milênios, os antigos egípcios já reconheciam a profunda sabedoria do poder dos óleos essenciais e das plantas aromáticas. Dá só uma espiada na origem da palavra “perfume”. Vindo do latim per fumum, que significa “pela fumaça”, leva à prática dos egípcios que queimavam resinas e ervas para soltar seus vapores. Eles acreditavam que a fumaça liberava o aroma, que transportava preces e pedidos ao plano espiritual. Para eles, era algo a mais que simples remédios, tinha ligação com rituais espirituais e com a medicina divina. 

Tania Zacharias, perfumista ancestral e fundadora da Inner Company, compartilha uma perspectiva profunda sobre a ideia dos óleos essenciais, algo como se fosse “a alma das plantas”. Segundo ela, os óleos não são óleos no sentido convencional, pois não são graxos, mas sim a essência da planta em sua forma mais pura e concentrada.

De acordo com a espagiria – uma prática de farmácia ancestral egípcia que liga a medicina à espiritualidade das plantas –, os óleos essenciais carregam a medicina da planta. Eles representam as expressões mais potentes do ser da planta, e ao utilizá-los, estamos estabelecendo um relacionamento com a sua alma. 

“Quando olhamos os óleos essenciais como a alma das plantas, entendemos que cada uso envolve uma interação entre dois seres vivos: nós e a alma daquele ser”, explica Tania. Ela afirma que esses óleos trabalham em múltiplas dimensões, principalmente na parte olfativa, onde entram diretamente no sistema límbico — a área do cérebro responsável pelas emoções e pela formação de memórias.

“Os aromas vão se misturando com as nossas memórias sem que a gente perceba”.

Uma abordagem holística sobre os óleos essenciais

Ao contrário da abordagem funcional, que vê os óleos como remédios para sintomas específicos, a perfumista ancestral nos convida a entender o ser da planta e o que ela tem a ensinar. “O alecrim, por exemplo, quando entra em contato com você, vai te ensinar o que ele sabe”, explica.

Para ela, não se trata apenas de saber o que um óleo faz, mas de criar uma relação com ele, sendo transformado pelo seu código vibracional. Mas é sempre importante ter cautela no seu uso. Embora os óleos essenciais sejam naturais e tenham ganhado  popularidade, não devemos tratá-los como soluções simples e universais para qualquer problema.

“Os óleos essenciais atuam de maneira bioquímica no nosso corpo, influenciam neurotransmissores e glândulas, e isso significa que podem afetar nosso organismo de formas profundas e complexas. A medicina natural, como os óleos essenciais, não deve ser vista como uma alternativa à medicina convencional, mas sim como a ‘medicina original’, uma prática com raízes milenares, cujos benefícios a farmácia moderna conhece muito bem”, relata Tania.

Um exemplo é o caso da lavanda, que acalma o sistema nervoso central, mas não pode ser adequada em todas as situações. “Se alguém estiver em um estado que precise de mais energia, o uso da lavanda pode gerar um conflito interno, aumentando ainda mais o estresse. A chave é a compreensão profunda do que cada óleo faz e como ele se relaciona com o indivíduo”.

Como os óleos essenciais podem transformar

Essa conexão pode ser terapêutica, no sentido físico e, principalmente, emocional e espiritual. Tania destaca que, em muitos casos, sintomas como estresse e ansiedade não são doenças em si, mas um sintoma de algo mais profundo: “Eu sempre procuro entender o que está causando o estresse ou a ansiedade, em vez de simplesmente tratar o sintoma.”

É como se fosse um “Tinder” da vida, com a necessidade de entender qual “código” da planta vai se alinhar com o que a pessoa precisa. Além dos óleos serem a “alma das plantas”, a verdadeira essência também está no poder de nos ajudar a nos reprogramar internamente, regenerar e até mesmo curar, por meio da potência dos aromas.

O uso dos óleos essenciais também pode variar conforme a necessidade e a forma de aplicação. A dosagem certa e o método de aplicação, como massagens, banhos ou aromatizadores precisam ser escolhidos de acordo com o objetivo que se busca.  “Cada forma de uso apresenta um código diferente, pois a aplicação do óleo pode influenciar na profundidade do seu efeito”.

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