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    Transtornos alimentares na adolescência: como reconhecer e ajudar?
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    Transtornos alimentares, ou TA, são um problema que atinge grande parte da população mundial. Mas, entre os jovens, os riscos de ter problemas psicológicos relacionados à comida e ao corpo aumentam ainda mais.

    Segundo levantamento do Ministério da Saúde, enquanto 4,7% da população apresenta algum tipo de transtorno, só entre os adolescentes esse valor sobe para 10%. É mais do que o dobro da porcentagem geral de brasileiros com TA.

    Transtornos Alimentares e adolescência

    Quando a relação com a comida se dá de forma conturbada, através de uma restrição radical, de um excesso fora do controle ou de alguma forma que gera sofrimento para o alguém, podemos estar diante de um Transtorno Alimentar. É o que explica a psicóloga Bárbara Santos, Coordenadora do Núcleo de Transtornos Alimentares da Holiste Psiquiatria.

    Entre os principais sintomas, os sentimentos de culpa e vergonha relacionados ao ato de comer são muito comuns. Já os transtornos alimentares mais frequentes são compulsão alimentar periódica, anorexia nervosa e bulimia nervosa.

    “Os adolescentes estão muito suscetíveis a esse sofrimento por ser um período de constituição subjetiva. Grandes mudanças estão acontecendo e ele está bastante exposto a, por exemplo, influências de grupos”, explica a especialista. Nessa fase, a identidade está muito ligada à aprovação e ao pertencimento.

    A influência das redes sociais, seja por imagens que incentivam um padrão de corpo, ou por comunidades na internet que estimulam esses comportamentos, são outros gatilhos que podem levar adolescentes a desenvolverem os transtornos alimentares.

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    Identificando os sinais

    No Transtorno Alimentar, o alimento deixa de ser comida e vira “carboidrato”, “proteína” e “gordura”, “proibido” ou “permitido”. Quem explica isso é Marina Izabel, formada em Nutrição pela UniCEUB e pós-graduada em Transtornos Alimentares e Comportamento Alimentar.

    Não existe muito prazer envolvido no ato de comer, pois é sempre uma perturbação, uma ansiedade relacionada à comida. “O paciente sempre come pensando na forma como vai gastar aquela caloria ingerida, em vez de aproveitar o sabor, a textura e a companhia das pessoas que estão ali presentes naquele ato de comer”, elucida a nutricionista.

    Apesar de ser importante, nem sempre os adolescentes que sofrem de TA pedem ajuda imediata. Isso por conta dos sentimentos de vergonha e culpa que podem ser causados pelo transtorno. Não apenas isso, mas o adolescente também pode não ter consciência de que está doente e precisa de ajuda.

    Bárbara Santos explica que a melhor forma de identificar que um jovem está sofrendo de TA é prestando atenção em alguns sinais: “é preciso observar com cuidado as tentativas de estar sempre escondendo o corpo (ex: uso de casacos de frio em lugares que fazem calor), ou do jovem não querer compartilhar certos momentos de alimentação em grupo”, sinaliza.

    Além desses, é bom observar se o adolescente presta muita atenção ao peso usando balança com frequência, junto a comportamentos mais introspectivos, ou se tem episódios de comer muito sem nenhum motivo que justifique, sendo seguido de episódios de restrição.

    Como ajudar

    A orientação de Marina é que ao chamar um adolescente para relatar sobre desconfianças de um transtorno alimentar, a conversa seja com naturalidade e, acima de tudo, com empatia e sem julgamentos ou condenações, com lições de moral sobre certo ou errado.

    “É preciso ter paciência para tirar as crenças negativas que o paciente tem de si e da sua imagem pessoal e da forma como ele lida com a comida e suas emoções”, explica a nutricionista. De acordo com ela, o trabalho com uma equipe multiprofissional com um psicólogo especializado em transtornos alimentares também pode ser de muita ajuda, mas a terapia nutricional é essencial.

    Para ter essa conversa, a especialista indica alguns apontamentos a serem levados:

    • É preciso ensinar que a comida não é vilã, mas sim substrato para uma vida saudável, longa e feliz.
    • Enfatizar que não existe alimento “bom” ou “ruim”, mas existem excessos e eles, sim, podem ser prejudiciais para o nosso corpo e nossa saúde.
    • Lembrar que não podemos engolir nossas emoções e que comida nenhuma vai solucionar nossos problemas, por mais que em momentos de compulsão a gente pense que sim.
    • Ressaltar que não precisamos sentir culpa quando comemos, ou vergonha, porque é um ato natural de sobrevivência e ninguém é “mais” ou “menos” por isso. Comer não é errado, nem devia ser algo tão doloroso.

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    Onde procurar ajuda especializada?

    Médicos e psicólogos especializados podem oferecer suporte logo nos primeiros sinais problemas no relacionamento com o alimento. Se identificar ou desconfiar que você ou alguém que você conhece está passando por transtornos alimentares, peça ajuda: o AMBULIM, pelo SUS, oferece suporte completo e gratuito.

    Para saber mais sobre tratamentos em outras regiões do Brasil, visite o site da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares – ASTRALBR e siga também o perfil no Instagram @astralbr. Seu apoio para romper o silêncio e quebrar estigmas é essencial para prevenir, conscientizar e desenvolver melhores tratamentos para os transtornos alimentares no Brasil.

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