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    Como usar repelente da forma correta? Veja as principais recomendações
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    Os registros de dengue no Brasil aumentaram rapidamente. Diante dessa realidade, o uso seguro e frequente do repelente é fundamental para manter o corpo protegido, já que o produto cria uma barreira de proteção contra o mosquito transmissor. No entanto, é preciso estar atento às orientações e principais cuidados sobre a aplicação.

    “As recomendações de uso descritas no rótulo de cada produto devem ser seguidas à risca“, explica o Ministério da Saúde. Além disso, o uso do repelente é permitido em mulheres grávidas, desde que esteja devidamente registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Em especial, os produtos à base de DEET (nome comum da N,N-Dietil-m-toluamida) não devem ser usados em crianças menores de dois anos. Entre os 2 e 12 anos, a concentração dessa substância deve ser de, no máximo, 10% e a aplicação no corpo deve ser feita em até três vezes ao dia.

    Cuidados que devem ser observados no uso de repelentes

    • Os repelentes devem ser aplicados nas áreas expostas do corpo e por cima da roupa;
    • A reaplicação deve acontecer de acordo com indicação de cada fabricante;
    • Para aplicação da forma spray no rosto ou em crianças, o ideal é aplicar primeiro na mão e depois espalhar no corpo, lembrando sempre de lavar as mãos com água e sabão depois da aplicação;
    • Em caso de contato com os olhos, é importante lavar imediatamente a área com água corrente;
    • A duração do efeito depende do repelente e da concentração do ingrediente ativo na formulação;
    • Não aplique repelente na pele abaixo de área coberta por roupa;
    • Não usar em áreas com lesões ou inflamadas, o que pode aumentar a absorção e o risco de efeitos adversos;
    • Quando usar spray não direcione para a face: aplique primeiro nas mãos e depois use as mãos para aplicar na face;
    • Não se recomenda utilizar repelentes em creme ou spray durante o sono, pois o contato com lençóis, travesseiros ou cobertores pode remover o produto, comprometendo sua eficácia protetora. Além disso, o uso excessivo desses produtos pode desencadear reações cutâneas e alergias em alguns casos.

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    Recomendações variam e é preciso estar atento

    É importante lembrar que, segundo a Anvisa, os repelantes naturais à base de citronela, andiroba e óleo de cravo não possuem nenhuma comprovação de eficácia e nem a aprovação da agência até o momento. Portanto, opte por produtos disponíveis em farmácia e que possuam regulamentação.

    Para Analupe Webber, dermatologista e presidente da Associação Brasileira de Dermatologia na seção Rio Grande do Sul, não há nenhum problema para o corpo se houver a necessidade em aplicar o repelente. “É importante observar as características de cada fabricante. O fato de alguns itens terem aromas, por exemplo, é um deles. A essência pode causar dermatite em pacientes predispostos. Para estes casos, existem disponíveis repelentes sem cheiro“, explica.

    A Organização Mundial da Saúde recomenda principalmente três tipos de repelentes: DEET, icaridina e IR3535. “Pessoas com pele mais sensível devem realizar o teste antes de utilizar qualquer um dos produtos. A indicação varia mais com a idade, mas recomenda-se a escolha a partir de orientações do médico dermatologista”, explica a Sociedade Brasileira de Dermatologia, seção RS.

    • Icaridina (KB3023): uso permitido no Brasil em crianças a partir de 2 anos de idade em concentração de 25% cujo período de proteção chega a 8 a 10 horas;
    • DEET: Em concentração de até 10% pode utilizar em maiores de 2 anos, sendo que não se deve aplicar mais que 3 vezes ao dia em crianças de 2 a 12 anos;
    • IR 3535 30%: permitido pela Anvisa para crianças acima de 6 meses. Seu período de proteção conferido é de 4h.

    Uso em crianças e bebês

    A aplicação de repelentes em crianças e bebês é delicada e exige atenção dos cuidadores. “Para crianças entre dois e sete anos de idade é importante observar o uso de repelentes que contenham fórmulas específicas”, informa a SBD-RS. No entanto, a recomendação principal é de que bebês com até seis meses só devem utilizar mosquiteiros e roupas protetoras.

    Além disso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia não orienta o uso de nenhuma substância química na pele dos bebês ou repelentes elétricos que contenham produtos químicos no ambiente onde eles costumam estar. Algumas orientações de uso nas crianças inclui:

    • Procure vestir roupas brancas nas crianças, pois roupas coloridas atraem os insetos, assim como perfumes;
    • Não durma com repelente no corpo, lave-se antes;
    • Não se deve utilizar produtos combinados com filtros solares, pois eles costumam ter uma reaplicação com frequência maior. Além disso, não se deve aplicar o repelente mais do que três vezes ao dia em crianças;
    • Os dispositivos ultrassônicos e os elétricos luminosos com luz azul são ineficazes.

    No entanto, é preciso lembrar que o repelente não combate o mosquito, apenas o afasta da pele. “Para combatê-lo é preciso interferir no ciclo de vida do Aedes Egypiti, eliminando, ao máximo, locais com água parada como pneus, vasilhas e caixas d’água sem tampa”, explica Juliano Scaliante Barreto, dermatologista que atua no Hospital Dia Rede Hora Certa M’Boi Mirim I.

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