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    Como aliviar enjoo na gravidez
    Enjoo na gravidez é normal, mas casos mais graves precisam de atenção. freestocks/ Unsplash.
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    “Eu já acordava com muita vontade de vomitar e eu passava mal com todos os cheiros que se possa imaginar.” Assim foi a gravidez da empreendedora Josiany de Sousa Carneiro, 29 anos, do terceiro até o sexto mês.

    Os enjoos diminuíram a partir do sétimo mês, mas antes disso eram parte do cotidiano da jovem de forma intensa. Para ela, o período só não foi mais conturbado porque sua gestação foi durante a pandemia.

    O cheiro de alguns sabonetes, detergentes e perfumes desencadearam tanto mal-estar que hoje, quatro anos depois, Josiany consegue relembrar e sentir a sensação de enjoo.

    “Era uma coisa muito intensa, dava muita ânsia de vômito e eu sentia dor de cabeça. Lembro também que a casa do meu irmão estava em construção e até o cheiro do cimento me fazia passar mal”, relata.

    Ela conta ainda que sentiu que seu paladar e olfato ficaram diferentes, mais aguçados. “Tudo tinha um sabor diferente, tinha cheiro diferente e tudo me fazia enjoar. Se eu pudesse, eu ficava trancada dentro de um quarto, porque era impossível não sentir enjoo a todo momento.”

    Numa tentativa de minimizar os sintomas, Josiany e o marido passaram a usar produtos de higiene sem cheiro, como desodorantes. Ela também passou a usar colônia de bebê, mas que também passou a lhe fazer mal.

    Além disso, esperou que os enjoos passassem. “Não tinha muito o que fazer: quando eu sentia um cheiro mais forte, saía de perto. Se eu sentia que alguém estava com um perfume mais forte eu evitava, tentava ficar o mais longe possível.”

    O que causa enjoo na gravidez

    A obstetra Emilcy Rebouças explica que o enjoo ocorre por diversos motivos. Além disso, a fase da gravidez também influencia. No primeiro semestre, ele é causado pelo hormônio beta-HCG, responsável por manter o bebê vivo até o completo funcionamento da placenta.

    “Até 12 a 14 semanas é muito comum ter náuseas e vômitos, isso é fisiológico. Tem outras causas, por exemplo, a pré-eclâmpsia, que pode causar náuseas e vômitos. Enjoos também são sintomas de infecção urinária, só que isso costuma acontecer em outras fases da gravidez, especialmente depois da segunda metade”, aponta a especialista.

    Além disso, a médica explica que enjoos intensos podem estar relacionados a gestações múltiplas e por problemas gástricos já existentes.

    Longos períodos de jejum e questões de saúde mental também podem colaborar com o surgimento dessa desconfortável sensação. Portanto, é necessário acompanhamento médico para entender as causas e evitar os vômitos intensos.

    Quando procurar ajuda

    Enjoos são normais até certo ponto, mas quando eles provocam desidratação, redução de peso acentuada, e alterações laboratoriais, é necessário intervenção e cuidados maiores.

    Emilcy explica que medicação oral e mudança de dieta podem colaborar com a situação. Entretanto, nos casos mais graves, chamados de hiperêmese gravídica, os enjoos são tão intensos que impedem a alimentação e que a futura mãe fique nutrida.

    Portanto, é necessário internação, hidratação na veia e suplementação para que a saúde da mulher grávida fique estável.

    “É impossível ter uma gestação saudável e um bebê saudável se a mãe não estiver saudável. Casos mais graves podem implicar em maiores riscos, então é uma condição que precisa ser tratada com uma certa firmeza, para que essa mulher fique confortável, consiga se alimentar e se nutrir de forma adequada” declara a obstetra.

    Para Emilcy, o primeiro passo para lidar com os enjoos na gravidez é ter calma. Além disso, o acompanhamento pré-natal é fundamental.

    “O profissional vai prescrever opções de medicações que podem ser utilizadas para amenizar os sintomas. Existem vários antieméticos, medicamentos usados para combater vômito, que podem ser utilizados na gravidez com segurança e podem ser prescritos por quem acompanha o pré-natal.”

    Ajustes na alimentação podem conter enjoo na gravidez

    Leliane Fraga, especialista em nutrição materna, aconselha algumas práticas alimentares que ajudam na redução dos sintomas e na nutrição saudável das futuras mães.

    • Fracionar as refeições. Isso significa comer pequenas porções várias vezes ao dia, evitando longos períodos em jejum.
    • Manter a hidratação. Também é recomendada a ingestão de pequenos goles de água, de forma frequente, ao longo do dia.
    • Evitar alimentos gordurosos, fritos e com muitos condimentos.
    • Optar por alimentos de fácil digestão e com pouca gordura.
    • Comer alimentos secos, como biscoitos água e sal ou torradas, ao acordar e antes de levantar da cama, pode reduzir a sensação de náusea.

    É importante também priorizar a alimentação saudável. “Manter uma dieta equilibrada e incluir alimentos leves, frescos e naturais é uma boa estratégia para lidar com os enjoos”, explica Leliane. Ela exemplifica alguns que aliviam os enjoo na gravidez.

    • Gengibre, que pode ser consumido em chás, balas e cápsulas.
    • Frutas cítricas, como laranja e limão, que também podem ser usadas em sucos.
    • Maçã, pera e banana são frutas excelentes para acalmar a sensação de enjoo.
    • Alimentos ricos em carboidratos complexos, como arroz integral, batata e pães integrais.

    A nutricionista aponta que casos mais graves, como a hiperêmese gravídica, exigem cuidados mais específicos.

    “É crucial manter a hidratação, tomando pequenos goles de líquidos claros como água, água de coco ou soluções eletrolíticas. Preferir alimentos de fácil digestão e pouco volumosos, como purês, caldos e sopas leves, pode ajudar a manter a nutrição sem sobrecarregar o estômago”, recomenda.

    Além disso, a nutricionista complementa que, em casos mais severos, pode ser necessário o uso de suplementos nutricionais e acompanhamento médico para garantir que a mãe e o bebê recebam os nutrientes necessários.

    A família pode ajudar a tratar o enjoo

    Por fim, Emilcy crê que a família e a rede de apoio da mãe podem ser fundamentais na identificação da gravidade dos casos e no alívio dos sintomas.

    “Às vezes a gestante não tem uma percepção clara do que é aceitável e do que não é, acha aquilo normal e vai levando sem buscar ajuda. Então, a família ajuda muito nessa identificação. Também ajuda no incentivo, na hidratação dessas mulheres, lembrando-as de beber água, de se alimentarem de forma adequada.”

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