COMPARTILHE
Pré-eclâmpsia: entenda condição que fez Lexa ser internada
Siga-nos no Seguir no Google News
Neste artigo:

A cantora Lexa, que está grávida de seu primeiro filho, teve que ser internada no Hospital e Maternidade Santa Joana após ser diagnosticada com um quadro de pré-eclâmpsia. A condição que atingiu a artista é uma doença hipertensiva que pode ocorrer durante a gravidez.

Segundo Guilhermino Braz, ginecologista e obstetra, a pré-eclâmpsia é um distúrbio multissistêmico, caracterizado pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteinúria – quando as proteínas, que normalmente ficam no sangue, são eliminadas na urina.

“A condição começa após 20 semanas de gestação ou no pós-parto, e pode causar disfunções significativas nos órgãos-alvos, como rins, coração, encéfalo”, explica o médico.

Riscos da pré-eclampsia

Para a saúde da mãe, um dos maiores riscos da pré-eclampsia é a síndrome HELLP, uma alteração hematológica e disfunção de órgão, caracterizada por elevação de enzimas hepáticas – produzidas pelo fígado, além da queda de plaquetas – fragmentos de células do sangue que ajudam na coagulação e na prevenção de sangramentos.

Dessa forma, a saúde da mãe fica prejudicada de diversas maneiras, e a paciente pode ter um AVC ou um infarto.

“Quanto aos bebês, o principal risco é a prematuridade. E quanto mais prematuro, maior o risco de lesões definitivas nesse feto, tanto do ponto de vista pulmonar quanto do ponto de vista oftalmológico, neurocognitivo, entre outros”, completa o médico.

Causas da doença

Segundo o obstetra, a causa da doença é a placentação anormal: “Acontece quando a placenta não invade adequadamente o útero, causando alterações inflamatórias, e vasculares.”

Diversos fatores de risco podem levar a uma maior incidência da doença. “Quem tem um histórico prévio de pré-eclâmpsia tem um risco maior de desenvolver novamente a doença. Além disso, diabete pré-existente, hipertensão crônica, sobrepeso ou obesidade pré-gestacional também geram um aumento do risco”, cita Guilhermino.

Segundo o médico, pacientes com gestação de gêmeos, primeira gestação, ou que tiveram complicações em gravidez anteriores também são mais suscetíveis à pré-eclâmpsia. E quando a gravidez ocorre em adolescentes ou em mulheres de idade avançada, as chances também aumentam.

Tratamento da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia, em si, não é tratada diretamente, conforme explica o médico. “Você trata, na verdade, os sintomas. O aumento de pressão, por exemplo, é controlado com uso de anti-hipertensivos, e o acompanhamento da vitalidade do bebê por meio de ultrassonografia”, cita.

O que realmente resolve a pré-eclâmpsia, segundo Guilhermino, é o parto: “Deve-se estender esse parto o mais tarde possível, dentro das condições de cada gravidez que devem ser avaliadas”.

LEIA MAIS
– Bebê arco-íris: a alegria e leveza que uma criança traz para a maternidade
– Gestantes e puérperas: cuidados com saúde mental precisam ser redobrados
– Mulheres Marcadas: livro revela histórias de “mães da UTI”

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário