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Exposição mostra visão dos estrangeiros sobre as brasileiras
Lenora de Barros
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“Oh, I love brazilian women!”. Em Nova York, uma exposição com esse nome foi apresentada no ano passado com a ideia de chamar a atenção do público para a visão dos estrangeiros em relação às brasileiras. Um olhar muitas vezes preconceituoso, que objetifica seus corpos. E por não ser tão diferente do que acontece no Brasil, a curadora da mostra de lá, Luiza Testa, resolveu trazer uma versão para cá, traduzindo o título tal como é: Ah, eu amo as mulheres brasileiras!

Nesta transição, Luiza percebeu que, por aqui, os danos causados à mulher ganham outra dimensão. “O foco agora é a origem do problema e as consequências dele”, diz ela, que passou a receber relatos de mulheres que vivem no Brasil e no exterior. “Fui abordada por pessoas que contaram suas histórias e isso foi revelando outras camadas.” Assim, mais questões surgiram, como racismo, transfobia, violência doméstica e etarismo – abordagens incorporadas ao trabalho exposto no Centro Cultural São Paulo quase que naturalmente, já que o grupo de artistas é diversificado. “São 19 mulheres de regiões diferentes do Brasil, de várias idades e com vivências únicas.”

Mulher indígena sentada

“Optamos por tratar o tema de forma holística, sem deixar de pensar também nos movimentos já existentes e outras ações voltadas ao combate do clichê”, conta Luiza Testa, sobre um assunto que, embora muito reconhecido, ainda é pouco discutido.


Esse conteúdo foi publicado originalmente na Edição 258 da Vida Simples

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