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A solidão dos hiperconectados
Gilles Lambert | Unsplash
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Alguma vez você já sentiu seu celular vibrar sem ao menos estar com ele no bolso? Caso a resposta seja afirmativa, você é mais uma vítima da Síndrome da Vibração Fantasma. Este fenômeno psicológico começou a ganhar atenção da comunidade médica por volta de 2010 e um estudo norte-americano calcula que 9 em cada 10 entrevistados já experimentaram essa sensação. O principal motivo da síndrome é número médio de vibrações que você recebe durante o dia, pois a chegada constante deste estímulo cria um condicionamento.

Este tema será discutido durante o Festival Path, maior festival de inovação e criatividade do país, que acontece em São Paulo. O painel “A água turva das relações líquidas: ou a solidão dos hiperconectados” será apresentado pela psicanalista Maria Lúcia Homem, a head de pesquisa Marina Roale e a jornalista Adriana Terra, no dia 1 de junho, às 17 horas, no Hotel Tivoli Mofarrej.

Em retrospectiva, é possível notar que o número de plataformas digitais se multiplicou rapidamente. Hoje em dia conseguimos encontrar aplicativos que nos poupam de diversas funções, como fazer compras, folhear um livro, cozinhar e até mesmo conhecer novas pessoas.

Segundo a pesquisadora Brené Brown, que passou as duas últimas décadas estudando coragem, vulnerabilidade, vergonha e empatia, vivemos em um mundo conectado e ao mesmo tempo estamos sozinhos. Muitas vezes as conexões virtuais acabam substituindo o contato real e este é o sinal de que é hora de se desconectar um pouco.

A repórter Adriana Terra passou um período conversando com especialistas em comportamento e pessoas diversas, para uma matéria sobre relações em tempos de hiperconectados. “Ouvi algo que me marcou bastante, do psicanalista Christian Dunker, que mencionou uma prática de síntese da nossa personalidade que fazemos para nos adequar ao espaço das redes e dos aplicativos”, conta. “É um pouco assustador, porque tratamos isso de maneira natural e muitas vezes nem pensamos sobre. E não sei se tem volta”.

Para ela, um caminho possível é fazermos uma reflexão constante sobre nossos usos da tecnologia, nossas rotinas, o que priorizamos e os níveis de trocas que estamos a fim de ter ou não.

A água turva das relações líquidas: ou a solidão dos hiperconectados
1 de junho | 17h às 18h
Hotel Tivoli Mofarrej, Sala Liberdade
Alameda Santos, 1437 – Jardim Paulista

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