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O adeus…
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Aprendi que não é sobre se despedir. É sobre viver plenamente até o momento da despedida e essa é uma caminhada que começa no agora

 

Nunca fui muito fã de despedidas… Sempre senti saudade dos livros assim que terminava sua leitura e das pessoas antes mesmo de dar tchau. No entanto, também nunca pensei muito sobre despedidas “definitivas”, embora tenha acompanhado diversas delas nos livros, nos filmes e nos seriados.

Quando tinha 12 anos, me deparei pela primeira vez com um “adeus”, com uma despedida que não envolvia até logo e, mesmo sem entender muito bem como tudo tinha acontecido, a partir daquele dia, a Vova, minha bisa, não estava mais fisicamente ali. Foi dolorido mas como era ainda uma criança, virei a página e segui em frente…

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Alguns anos depois, a presença do adeus foi um pouco mais forte quando, depois de meses, precisei me despedir de uma amiga que estava terminando seu intercâmbio no Brasil e retornando para a Alemanha. Na época, não existia Whatsapp, Facebook e Instagram… Tínhamos Orkut, e-mail e MSN e, por Deus, a comunicação não fluí de forma tão ágil e certeira como hoje.

Ao me despedir, parecia que nunca mais ia vê-la. Que aquele adeus era, de fato, para sempre. O que se comprovou uma tolice quando, alguns anos depois, ela retornou para o Brasil, já em época de Facebook, e a ideia de despedida já não era tão desesperadora assim.

Momento presente

2020, no entanto, me fez repensar diversos conceitos. Entre eles o de adeus. O ano começou com a despedida da minha cachorrinha, o que sem dúvida traçou uma linha divisória para mim. Depois disso, veio a pandemia e a reflexão sobre como somos frágeis e sobre como precisamos rever a forma em que vivemos.

Alguns dias atrás, a reflexão ganhou um novo aspecto quando minha dinda perdeu o cãozinho dela – um filhotinho de 6 meses, irmão do meu filhotinho, que ela acompanhou desde a barriga da mamãe cachorrinha, com ultrassom e tudo.

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Nesse dia, refleti sobre a inevitabilidade da vida, sobre como em apenas um segundo, tudo pode mudar. Basta um carro, um tombo ou um acidente. Percebi que somos frágeis e que, para um momento de adeus mais tranquilo, precisamos de um momento de convivência bem vivido. É preciso estar presente, amar e valorizar cada segundo. Aprendi que não é sobre se despedir. É sobre viver plenamente até o momento da despedida e essa é uma caminhada que começa no agora.

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