Símbolos
A vida simplesmente é. Aquilo que ainda é, se mantém presente nas cores, na casa e no compartilhamento da caminhada com quem amo. Nenhuma catástrofe pode parar a primavera
A vida simplesmente é. Aquilo que ainda é, se mantém presente nas cores, na casa e no compartilhamento da caminhada com quem amo. Nenhuma catástrofe pode parar a primavera;
Mês passado comprei um creme para a pele. Parece banal relatar isso, mas, para mim, não foi apenas uma compra. Quando o tal creme chegou, abri a tampa e senti o aroma. Ele tinha o cheiro da minha avó. Ela o usava constantemente e não trocava a fragrância.
Meus amigos têm cores para mim. Sim, isso mesmo. Entretanto, cada um deles me lembra uma cor diferente. Costumo associá-las às suas personalidades, gostos, vibrações e tudo aquilo mais que consigo enxergar como sendo algo característico deles.
Dança da existência
Aliás, minha casa tem um aroma característico dela, só dela. Entrar em casa, ultimamente, tem sido como entrar num refúgio seguro, em que encontro os dois grandes amores da minha vida. Ali, juntos, podemos, por um instante, esquecer o que se passa no mundo lá fora, apreciando uma bela refeição. A vida, decerto, está repleta de símbolos muito particulares e muito nossos.
A poesia da dança da existência está sempre presente, nos pequenos detalhes. Aquilo que já se foi, como o cheiro da vovó, se mantém vivo na fragrância que ela usava. Aquilo que ainda é, ainda mais, se mantém presente nas cores, na casa e no compartilhamento da caminhada com quem amo.
A vida simplesmente é e, como diria Bia Trentino: nenhuma catástrofe pode parar a primavera.