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Na última coluna que escreveu para o jornal Folha de S.Paulo antes de sua morte, o poeta e teórico Ferreira Gullar abordava o acúmulo – a ambição desvairada pelo lucro, o ímpeto por juntar riquezas, a ideia de reunir bens, de sempre ter mais. “Para que alguém precisa ter à sua disposição milhões e milhões de dólares? Para jantar à tripa fora?”, questionava. “Ninguém necessita ter dez automóveis de luxo, 20 casas de campo nem dezenas de amantes”, afirmava. Segundo Gullar, o acúmulo nos traz uma falsa sensação de felicidade. “Sabem por que Bill Gates deixou a presidência de sua empresa capitalista para dirigir a entidade beneficente que criou? Porque isso o faz mais feliz, dá sentido à sua vida”, concluía na sua coluna. Não bastasse a coincidência intrigante que seu último texto redigido tenha sido finalizado com a palavra “vida”, Gullar ainda buscava trazer uma reflexão importante: os excessos, quaisquer que sejam eles, acabam por nos distanciar do sentido da nossa vida.

Viver mais simples

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