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Ser inteligente é o mesmo que ter boas notas?
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Ainda hoje, esbarramos com resquícios de um passado em que se valorizavam certos conhecimentos e aptidões mais do que outros, como se fossem talentos natos e decisivos. A educação hoje nos ensina que precisamos ser mais abertos para identificar aquilo em que cada um é bom e usar essa característica a favor de um desenvolvimento integral

Um dia antes de escrever este texto, durante o almoço, uma conversa me chamou atenção. As pessoas com quem eu estava discutiam sobre o seu passado escolar. “Estudei em colégio militar. Sempre fui mau aluno, passava raspando”, disse um dos interlocutores. Ele trabalhou durante mais de uma década no governo federal, elaborando políticas educacionais e hoje é diretor executivo de uma instituição de pesquisa apoiada pela Universidade Stanford, uma das mais prestigiadas dos Estados Unidos. Outro, empreendedor e professor de psicologia em uma universidade federal, concordou: “Também sempre fui mau aluno no meu colégio.”

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