A rotina da mulher é composta por diversos afazerem para garantir o bem-estar de todos a sua volta, seja no ambiente familiar ou de trabalho. Com tanta preocupação em cuidar do externo, falta tempo para enxergar a si mesma e cuidar do seu próprio querer, o que pode afetar de diversas formas a autoestima feminina.
É difícil conseguir um tempo para si na correria do dia a dia, mas práticas para melhor a autoestima da mulher não são apenas possíveis, como também essenciais. A Vida Simples conversou com duas profissionais que deram ideias de hábitos simples para aplicar na sua vida.
Para além da beleza: a autoestima tem a ver com saúde mental
Apesar de a palavra autoestima estar sempre associada com beleza física, não é apenas a aparência que contribui para uma relação ruim com sua própria imagem. É o que explica Tatyana Azevedo, neuropsicóloga e coautora do livro As donas da P**** toda*.
“A baixa autoestima está frequentemente associada a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse. A pessoa pode sentir-se constantemente inadequada, incapaz ou sem valor, o que contribui para um estado emocional negativo”, relata.
Diversas áreas da vida são impactadas por conta de uma baixa autoestima: “Pode afetar os relacionamentos pela insegurança, medo da rejeição, dificuldade em confiar nos outros e levar ao isolamento”, explica a profissional. “Também atrapalha o desempenho no trabalho, tomadas de decisão e aprendizagem, por duvidar de suas habilidades e evitar desafios, levando a um ciclo de autossabotagem”.
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O impacto das desigualdades de gênero nas mulheres
A mulher cresce aprendendo a focar no externo. Desde cedo, as mulheres aprendem a servir e a cuidar dos outros, segundo a psicologa Luanna Debs. Sobrevivente de um relacionamento abusivo, hoje ela foca o seu trabalho em mulheres e em traumas de relacionamentos.
Segundo a especialista, as desigualdades de gênero deixam as mulheres sempre distante dos próprios desejos e sonhos. “Também nos atrapalha de reconhecer nossos limites, nos preservar e proteger, além de incentivar comparações e competição entre nós, mulheres, o que nos enfraquece e afeta como nos olhamos e nos avaliamos”, complementa.
7 ideias para melhorar a autoestima da mulher
Para trabalhar a autoestima da mulher, a psicóloga explica que existem alguns desafios. “Um ponto profundamente importante é entender de que mulher estamos falando e observar seu contexto para entender quais possibilidades existem para serem ajustadas em sua vida que favoreça um espaço para o autocuidado”, aponta Luanna.
Apesar de desafiador, mudar como você se vê e como lida com o mundo é possível. Conforme o contexto pessoal de cada mulher, confira as dicas das profissionais para trabalhar a autoestima feminina:
- Buscar uma rede de apoio: é importante ter outras pessoas com quem possa dividir tarefas do dia a dia, a fim de evitar a sobrecarga.
- Praticar atividade física: auxilia na produção de hormônios ligados ao prazer e a nossa leitura de capacidade, além de ajudar a regular as emoções.
- Ter um tempo para si: de maneira intencional, separar um tempo para fazer aquilo que gosta, como uma leitura, filme ou atividade de lazer.
- Exercitar o autoconhecimento: aprender sobre suas emoções, sentimentos e como elas influenciam em sua forma de ser, para então ter a chance de mudar aquilo que lhe causa prejuízo e agir de maneira mais autêntica.
- Estar em grupo com outras mulheres: se cercar de mulheres que compartilham os mesmos valores e têm ou já tiveram experiencias semelhantes às suas. Com o propósito de, junto dessas pessoas, ser mais fácil contar suas vulnerabilidades, fortalecendo-se e apoiando umas as outras.
- Reconhecer suas conquistas: é importante comemorar vitórias, mesmo que elas ainda não sejam exatamente o lugar onde você quer chegar. Elas fazem parte e são mais um passo rumo ao que deseja.
- Praticar meditação: meditação e mindfulness podem ajudar, afinal auxiliam a acalmar a mente, reduzir o estresse e promover a aceitação pessoal.
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