Nos tempos de menino, numa época sem mundo virtual, Marcelo Tinoco construía cenários para seus brinquedos. “Os dioramas sempre me encantaram”, lembra o artista, cuja memória povoou sua imaginação ao longo da vida. Até que, em 2005, quando conheceu o diorama de animais do Museu de História Natural de Nova York, decidiu fazer algo similar por aqui.
Entre as obras dessa série, está a Expedição Rio, em que Marcelo mescla fotografia, desenho e pintura digital para dar forma a uma versão original – e imaginada – de um dos lugares que mais fizeram parte da sua infância: o Parque Eduardo Gomes, no Rio de Janeiro, mais conhecido como Aterro do Flamengo. “Minhas duas avós moravam lá e esse local sempre me intrigou.
Como uma área tão grande pode ter sido aterrada e tão modificada?”, questionava. Com o tempo, ele descobriu que as mudanças na região eram um projeto do paisagista Roberto Burle Marx, que ele tanto admirava. “Tive vontade de ver como seria essa paisagem, com o Morro da Urca ao fundo, antes do aterro, do bondinho e de qualquer civilização. Então preparei a minha expedição imaginária à Baía de Guanabara.” Intocada, fantástica e selvagem.
MARCELO TINOCO
marcelotinoco.com.br
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