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(Des)conectar
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Para conseguir ter aquela ideia criativa, é preciso olhar para dentro – e para fora – sem grandes pretensões

Processos criativos, na maioria dos casos, são parecidos. Trilhamos o caminho que é comum a todos em busca da tal “inspiração divina”. Esse caminho se inicia com a busca por referências. E, nesse sentido, o fato de estarmos 100% conectados a tudo é essencial. Pois conexão é o que não falta nos tempos atuais. Temos possibilidades de nos conectar com museus, artistas, marcas, influenciadores, empresas, seja onde for. Tudo o que antes era necessário, como viagens, visitas a exposições e museus, horas em livrarias, acervos, bibliotecas, etc., agora pode ser feito da cadeira do seu escritório. E isso é maravilhoso e fascinante.

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Porém, inspirado no conceito do manifesto antropofágico da década de 1920, digo que não basta discutir as referências, temos de digeri-las e metabolizá-las para, aí sim, botar para fora algo novo, com uma nova proposta, um novo olhar. Nesse momento entra em prática o poder da grande conexão, da inspiração. A conexão com você mesmo, com o Universo e com o que se tem de mais profundo e essencial.

Conexões

Essa conexão tem o poder de trazer a grande ideia, diferente, brilhante. E o mais incrível é que essa conexão acontece em momentos nos quais, aparentemente, você estaria desconectado. No meu caso, ela acontece quando estou na natureza, apenas sentindo e vivenciando aquele momento. É aí que as referências decantam e uma força de inspiração vem trazendo a ideia de uma forma simples e objetiva, como se ela sempre estivesse ali, pronta. Esses momentos são de êxtase e libertação para quem trabalha e vive da criatividade, e valem cada angústia que se tenha sofrido. Mas, hoje é clara para mim a busca pelas várias formas de conexão. Podem ser para fora ou para dentro, desde que eu esteja sempre conectada.

Teresa Guarita Grynberg é designer, obcecada por novos olhares, e sócia-fundadora do Estúdio Colírio, que fez o projeto gráfico da Vida Simples. @estudiocolirio

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