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Poesia com alma
Chelnok | iStock
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Escritor Zack Magiezi  faz sucesso nas redes sociais com poemas feitos em uma antiga máquina de escrever e com seu livro em versão caprichada

Zack Magiezi: escrever e postar poesias

“Escrever é esculpir sentimentos, é materializar de alguma forma algo que sentimos em palavras, é uma maneira de me conhecer e explorar a minha própria geografia.” A frase é do escritor Zack Magiezi, que ganhou, primeiro, a consagração do público nas redes sociais para, depois, reunir seu trabalho em um livro, que recebeu o título  Estranherismo.

Zack tem mais de 500 mil seguidores no Instagram e supera os 300 mil no Facebook com seus poemas curtos e que dilaceram e tocam a alma. Em tempos de rigidez e de palavras ásperas, vida simples conversou com Zack Magiezi sobre a emoção que brota das palavras.

Qual sua motivação para começar a postar poesias?

Comecei em 2012, mas não era rotineiro. Em 2014, criei a minha página no Facebook chamada Estranherismo. Nela comecei a colocar os textos com o objetivo de ter tudo em um lugar só e ganhar um espaço onde eu poderia falar do meu mundo, dos meus sentimentos e também das angústias.

Como você enxerga a sua escrita?

Eu não fico muito tempo pensando na minha maneira de escrever. É algo natural pra mim. Talvez seja a minha maneira de gritar sem sons, são coisas intensas e sentimentais, coisas de uma pessoa intensa. Talvez os meus gritos encontrem outros gritos por aí. Não sei se é literatura, mas é extremamente humano.

A palavra tem a capacidade de transformar o outro?

Recebo vários desabafos de pessoas que passaram um tempo anestesiadas. A maioria fala de como a minha escrita as tocou e mostrou o quanto a vida é urgente. Fico muito contente, pois sou um entusiasta da liberdade e da imperfeição, temos que ser quem somos. As pessoas me falam de recomeços, das tristezas e das alegrias, me falam da sua humanidade. Quando leio essas histórias, fico com a sensação de que estou no caminho certo. A palavra por si só é um agente transformador, os escritores que li mudaram e ainda mudam a minha vida.

Foto: Diego Marcos

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