COMPARTILHE
Projeto ajuda reintegrar pessoas em situação de rua
D A V I D S O N L U N A | Unsplash
Siga-nos no Seguir no Google News

Arcah na Rua oferece, entre vários serviços, a escuta e a atenção como meios para aumentar a autoestima de quem foi posto à margem da sociedade

 

Os números são altíssimos e assustam: mais de 101 mil pessoas estão em situação de rua no Brasil, segundo dados de 2017 apontados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Somente na cidade de São Paulo, levantamento atual da prefeitura estima que há 25 mil pessoas enfrentando a realidade de não ter um lar.

As possíveis respostas para explicar essa realidade são muitas: históricas, descaso público… Contudo, certamente, todas elas trafegam pela irresponsabilidade com o ser humano. Bem como, evidenciam a ausência de empatia de tratar e olhar o outro como um indivíduo que merece respeito. 

Desse modo, a fim de contribuir para mudar esse cenário, a Associação de Resgate à Cidade por Amor à Humanidade (ARCAH), que tem diversos projetos, conduz o Arcah na Rua. E é com este projeto que a associação busca reintegrar pessoas em situação de rua à sociedade.

O programa surgiu oficialmente depois de diversas ações sociais realizadas por um grupo de amigos da cidade de São Paulo. Assim, o intuito era tentar diminuir o preconceito da população com relação às pessoas erroneamente chamadas de mendigos, comenta presidente da ARCAH Rodrigo Leite.

Novos caminhos

O  trabalho do Arcah na Rua consiste em desenvolver ações em centros de acolhida e locais com pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Oferecemos ferramentas para que redescubram paixões, resgatem a autoestima e confiança, e  desenvolvam aprendizados em diferentes capacitações, despertando o sentimento de pertencimento a um grupo”, diz Rodrigo. 

O trabalho conta com a ajuda de voluntários diversos, como psicólogos, dentistas, cabeleireiros, entre outros, a fim de trazer o amor-próprio à tona. E, com isso, fornecer subsídios para encarar o momento presente. Contudo, em especial, o grupo fornece a escuta, o sentar e dar atenção ao outro, aos anseios, aos sonhos.

“O principal desejo dessas pessoas é encontrar outras pessoas que acreditem nelas. Que acreditem que elas podem ter uma nova chance, um recomeço e que elas possam ser reintegradas à sociedade. Todos querem ter o sentimento de pertencimento a um grupo, reconhecendo seu papel, deveres e direitos na sociedade” esclarece Leite. 

 

Para se voluntariar e saber mais, acesse: arcah.org

0 comentários
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

Deixe seu comentário