O importante é o caminho
A sua experiência nos deslocamentos urbanos não é só responsabilidade do poder público. Quem se apropria de seus trajetos pode redescobrir a cidade e a si mesmo.
O que muita gente considera perda de tempo é, para ele, um passatempo. Adamo Bazani, de 36 anos, mora em Santo André e trabalha numa rádio de São Paulo. Todos os dias, passa três horas e meia em um trajeto dentro do ônibus, do metrô e do trem. Por sorte, no caso dele, o transporte urbano não é apenas um meio de locomoção, mas um hobby. Adamo é busólogo: um cara apaixonado por ônibus a ponto de estudar o assunto nas horas vagas. Modelos, motores, fabricantes e até sistemas. A viagem dele é o ônibus em si.
A relação de Adamo com os coletivos começou de um jeito muito afetivo, na infância. “Naquela época, talvez por se tratar de uma cidade pequena, os motoristas de ônibus que atendiam o bairro se tornavam amigos da comunidade”, conta. E, como eram de confiança, os pais deixavam o Adaminho, com 4 ou 5 anos, passear com eles pela cidade.
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