Menu
  • CONTEÚDO
  • PARA ASSINANTES
  • E MAIS
  • NEWSLETTERS
  • ANUNCIE AQUI
  • SOLUÇÕES PARA RH
  • REDES SOCIAIS
    • Google News
  • EDIÇÃO DO MÊS
  • COMPARTILHE
    Finanças: como guardar dinheiro para fazer reserva de emergência
    Poupar dinheiro em uma reserva de emergência pode ser mais simples do que você imagina (Foto: Andre Taissin/Unsplash)
    Siga-nos no

    A estudante de nutrição Camila Camargo, de 25 anos, tem uma relação estreita com o guardar dinheiro. O pai, Márcio Ponte, formado em ciências contábeis, garantiu que a temática estivesse presente dentro de casa. Entretanto, foi só quando ela começou a ganhar o próprio dinheiro e a ter objetivos relacionados à faculdade e ao casamento que ela realmente passou a pensar em criar sua reserva de emergência.

    Para ela, ter uma reserva de emergência representa mais segurança diante dos imprevistos da vida. “Não estou completamente perdida caso aconteça algo, seja o meu marido perder o emprego, seja algum problema com as minhas bolsas da faculdade, seja a saúde dos meus gatos ou até a nossa”, relata.

    Como o nome já indica, a reserva de emergência é uma quantia de dinheiro guardada para usar em situações que não estão previstas e que podem demandar um gasto que não está previsto no orçamento.

    A educadora financeira Nath Finanças explica que essa poupança pode inclusive salvar as pessoas de dívidas maiores. “Com a reserva de emergência, nós não precisamos depender de empréstimos, de pegar cheque especial ou de se endividar com o cartão de crédito, por exemplo”, declara.

    Como fazer a sua reserva de emergência

    Nath indica que, para montar sua reserva financeira, é preciso se basear em seus gastos, e também é preciso planejar. Saber o valor exato das despesas por mês ajuda a ter um norte do valor a ser poupado.

    Isso pode começar com o cálculo de gastos fixos e variados feitos durante o mês. Os fixos possuem valores que não mudam ao longo de um período, como aluguel ou prestações.

    Já os gastos variados têm o seu valor modificado de acordo com o consumo, como as contas de água e luz ou de supermercado. A soma desses valores indica o valor médio que você precisa por mês para se manter.

    O próximo passo é definir o valor total da sua reserva de emergência de acordo com o período de tempo que você conseguiria ficar sem renda. Segundo Nath, esse período pode ser maior ou menor, variando de acordo com a realidade de cada pessoa e de suas possibilidades para poupar.

    Após esses cálculos, é preciso definir em quanto tempo você vai conseguir montar essa reserva para que se saiba o valor a ser poupado por mês.

    Um exemplo prático desse cálculo

    “Vamos supor que você tem R$ 500 de gastos fixos e R$ 500 de variáveis. Somando esses valores, você tem R$ 1000 de gastos totais no mês. Em seguida, você vai multiplicar pela quantidade de meses que você gostaria que sua reserva durasse. Se você quer que seja dois meses, então o valor total é de R$ 2000”, exemplifica Nath.

    Ela segue no exemplo: “Dois mil reais é um valor bem alto para guardar de uma vez. Então você pega esse total e divide por doze. Nesse caso, para você conseguir montar uma reserva de dois meses em um ano, vai precisar guardar R$ 166,66 reais por mês. A ideia de guardar um valor menor todos os meses é uma forma de facilitar que se consiga manter o valor reservado”, continua.

    Nath destaca ainda que a ideia da reserva é facilitar a vida financeira, portanto, caso a pessoa não consiga ter uma reserva que cubra dois meses, ela pode fazer uma menor. No exemplo apresentado, uma reserva de R$ 500 representa quinze dias de contas pagas.

    VOCÊ PODE GOSTAR
    Por que as finanças são motivo de divórcio de tantos casais?
    Estresse financeiro: 5 estratégias para proteger a saúde mental
    Como esticar o salário até o fim do mês de forma inteligente

    Onde colocar o dinheiro da reserva de emergência

    Depois do planejamento começa a ação, e é fundamental saber onde guardar o dinheiro que está sendo reservado.

    “Visto que a reserva de emergência tem um caráter emergencial, você tem que buscar liquidez, a possibilidade de ter o dinheiro na sua mão assim que precisar, e também segurança de não ter a possibilidade de perder esse dinheiro”, explica Nath.

    Nesse sentido, a especialista recomenda dois tipos de investimento, o tesouro SELIC e os CDB de liquidez diária. O primeiro funciona como um empréstimo para o governo no qual ele devolve com juros. Ele funciona com base na taxa SELIC, de forma que seus rendimentos são maiores ou menores de acordo com a alta ou queda da taxa.

    Já no caso dos CDB de liquidez diária, o empréstimo é feito aos bancos, que também devolvem o valor com juros. Além disso, é possível retirar o valor quando quiser.

    Lembre-se: o dinheiro da reserva é para emergências

    Tendo o planejamento e as ferramentas para iniciar a reserva, o que não se pode esquecer é que a reserva é para emergências. Usar o valor para outras finalidades não é o ideal, o que pode colocar a pessoa em uma situação financeira complicada no futuro.

    Por outro lado, usar o dinheiro para uma situação de emergência antes de completar o valor idealizado não é um problema, nem deve ser motivo de preocupação. “Um erro é se cobrar muito. Você vai montar no que você pode, não precisa ficar desesperado porque ainda não fez o valor, cada um com seu tempo, com sua realidade”, declara a especialista.

    Camila já passou por isso algumas vezes e conta que ter o reservado foi o melhor cenário. “Nós que não temos uma grande quantidade juntamos, temos uma emergência e gastamos esse dinheiro. Às vezes é um pouco desanimador, mas ao mesmo tempo acho que me ajuda a lembrar que se eu não tivesse esse dinheiro guardado teria sido pior”, relata.

    Nath faz coro e reforça a importância dessa estratégia financeira para a vida financeira das pessoas. “A reserva de emergência é para isso mesmo, ficamos com uma dor no coração porque não é fácil, mas é um primeiro passo e vamos evitar tirar o seu dinheiro do cheque especial, pegar um empréstimo e pagar juros abusivos. Você tá se emprestando e vai repor depois.”

    LEIA TAMBÉM
    Educação financeira para crianças vai além de cofrinho e mesada
    Conselhos importantes para economizar dinheiro para viajar
    Nath Finanças traz educação financeira para pessoas reais

    Para acessar este conteúdo, crie uma conta gratuita na Comunidade Vida Simples.

    Você tem uma série de benefícios ao se cadastrar na Comunidade Vida Simples. Além de acessar conteúdos exclusivos na íntegra, também é possível salvar textos para ler mais tarde.

    Como criar uma conta?

    Clique no botão abaixo "Criar nova conta gratuita". Caso já tenha um cadastro, basta clicar em "Entrar na minha conta" para continuar lendo.

    0 comentários
    Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

    Deixe seu comentário

    Ao se cadastrar, você concorda com a Política de Privacidade e Dados da Vida Simples
    Sair da versão mobile