Preto e branco, cinza e rosa, verde e preto. Essas são as principais combinações de cores sugeridas para se vestir em harmonia, após uma rápida pesquisa na internet. As paletas de cores, como são conhecidas, ajudam a identificar e padronizar um conjunto visual pré-selecionado que se adequa ao seu tom de pele, cor do cabelo, dos olhos e assim por diante. Parece até bobagem, mas há especialistas sérios no assunto que mostram a diferença que as mudanças no estilo provocam.
Se pararmos para pensar e refletirmos brevemente, é possível perceber que a moda e sua relação com as cores são essenciais para passar uma boa imagem. Por exemplo, no Brasil, não é comum que as pessoas se dirijam a um velório usando um vestido vermelho, muito menos ir a um jogo de futebol usando terno e gravata.
Para a pesquisadora Raissa Furlaneto, a forma como cada pessoa se veste e decide se comunicar com o mundo é resultado de um conjunto de fatores. “A moda é um contexto amplo, não se limita à vestimenta. Moda é postura, comportamento e identidade“, explica no estudo Um olhar da psicologia sobre a moda.
As cores influenciam no comportamento e na forma como somos vistos. Foto: Pawel Czerwinski
Por que as paletas de cores são importantes?
Em um país como o Brasil, cultural e racialmente diverso, há pessoas com diferentes tonalidades de pele, influências comportamentais e estilos. Por isso, encontrar a paleta de cores é pré-selecionar aquelas que mais combinam com suas características pessoais e valorizam a imagem corporal.
Juliana Paes adota em sua cartela cores mais profundas e neutras, já Grazi Massafera valoriza suas características físicas com cores quentes e luminosas. São dois exemplos de atrizes conhecidas pelo público e que se vestem com combinações de cores diferentes. Mas é importante lembrar que as paletas de cores não se resumem só à moda, estão presentes na decoração de casas, na montagem de filmes e no trabalho de designers.
Quais as estratégias preciso fazer para encontrar a minha paleta de cores ideal? Primeiro, até parece um emaranhado de cores incompreendidas, mas é fundamental ter entendimento de como elas funcionam. Hoje, há doze cartelas que se dividem nas quatro estações do ano. São elas: verão puro, verão suave e verão claro; primavera pura, primavera clara, primavera intensa; outono profundo, outono suave, outono puro; inverno puro, inverno profundo, inverno intenso.
Identificar a sua paleta de cores exige a análise de um profissional certificado. Foto: Helena Lopes
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Como encontrar as paletas de cores ideais para meu tom de pele?
A identificação de uma paleta de cores adequada às suas características físicas pode ser feita por um profissional de imagem certificado. “A cartela de cores existe para que você seja harmonicamente mais bonita”, explica a especialista Thais Farage em entrevista a um canal do YouTube.
Para identificar a coloração, utiliza-se um pano cinza no cabelo – para não haver interferência na identificação – e, a partir daí, diferentes tons de tecido fazem parte do teste. A coloração certa resulta no momento em que o rosto e atonalidade da pele são valorizados e manchas, espinhas ou rugas são suavizadas. Uma cor que não combina com suas características físicas pode deixar a pele com aparência de palidez ou acinzentada.
Thais Farage explica que a cartela não se altera com a idade, por isso não há necessidade de um segundo teste para identificação da paleta de cores. No entanto, ela destaca que não é necessário se deter apenas às cores que combinam com o seu corpo. Ela conta que, apesar do preto não fazer parte da sua cartela, é uma cor que busca usar no batom, e você pode compensar isso com outros elementos.
“Continue usando sua cor preferida porque a vida é muito curta para usar o que você não gosta. Mas você pode compensar com outras coisas, já que a cor do brinco, de um colar e do cabelo fazem muita diferença”, explica.
Posso fazer em casa?
Há vários aplicativos, sites e vídeos no YouTube que nos ajudam a identificar as melhores cores que valorizam, harmonicamente, as características físicas. E é importante lembrar que a circulação de informações e conhecimentos são essenciais para que cada um tenha acesso mais democrático ao tema.
No entanto, Thais Farage é categórica ao defender a análise de cores presencialmente e com um profissional qualificado. Ela explica que o trabalho exige muita análise, testagem de tons e compreensão dos elementos visuais do corpo, o que fica difícil de identificar caso o teste seja por meio de uma videochamada, por exemplo.
Na dúvida, utilize formas alternativas como complemento ao trabalho de um profissional. E, lembre-se, as cores comunicam e apresentam características em situações diversas. “Uma mesma cor pode produzir impactos e sensações diferentes, dependendo da ocasião como, por exemplo, o vermelho, que pode ir ao extremo do amor ao ódio”, conclui Raissa Furlaneto.
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