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    Circularidade: É hora de reaproveitar
    Divulgação
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    Olhe ao seu redor. Tudo o que você vê é feito de planeta. São pedacinhos de elementos da natureza que, modificados graças à inteligência humana, viraram o copo no qual você toma água, a camiseta que usa, o computador ou celular por onde acessa este texto. Tudo isso é pedacinho da Terra. Agora imagine que, em algum momento, cedo ou tarde – na verdade, muito mais “cedo” do que “tarde” –,  esses objetos vão parar em lixões e aterros sanitários. Pilhas enormes daquilo que a nossa espécie pouco usou e logo descartou, criando grandes problemas para o meio ambiente.

    Eis a lógica da economia linear: extrair, usar e jogar fora. “Só que a economia linear não deu certo. Tira da Terra mais do que ela dá e transforma tudo num monte de lixo. E o clima está pagando o preço”, explica Aline Matulja, engenheira ambiental, consultora em sustentabilidade e educadora. “Já a premissa da circularidade é a de que ‘lixo’ é um erro de design”, diz.

    Na prática, a circularidade carrega uma sabedoria simples: nada se perde, tudo se transforma.

    E, quando empresas comprometidas com essa ideia puxam iniciativas transformadoras, projetos incríveis saem do papel e inspiram mudanças. Um exemplo é o que tem sido feito pela Renner, maior varejista de moda do país. Além de usar materiais mais sustentáveis em 80% de seu vestuário, a marca acaba de inaugurar a sua segunda loja circular no Rio de Janeiro, no Shopping Park Jacarepaguá (a primeira, inaugurada no ano passado, também está no Rio de Janeiro, no Shopping RioSul), com ações que ainda estimulam o público a praticar a circularidade no dia a dia.

    Renner amplia ações de sustentabilidade em loja circular (Foto: divulgação).

    Para a Renner, moda e circularidade têm tudo a ver

    Com um modelo pioneiro de infraestrutura física baseada na circularidade, a Renner cuidou para que a execução de sua loja circular fosse feita de maneira inteligente. Assim, da concepção até a operação, o projeto considerou diversas medidas para reduzir o impacto ambiental. Um ponto importante foi a redução do consumo de matérias-primas, que, além de privilegiar materiais mais sustentáveis, reciclados e recicláveis, teve 100% de reaproveitamento dos resíduos gerados na obra.

    “Inovamos no projeto de arquitetura, engenharia e mobiliário para oferecer uma jornada de compra omnichannel em um ambiente ecoeficiente, como parte da nossa sólida atuação em sustentabilidade”, diz Fabiana Taccola, diretora de Operações das Lojas Renner.

    Ou seja, em vez da lógica de uso e descarte, a circularidade veio como solução para evitar desperdício. “Com a circularidade, damos um novo uso e uma nova utilidade àquilo que seria jogado fora. E saímos desse modelo de extração e descarte”, observa Carol Piccin, sócia-fundadora da MateriaLab, que atua para tornar negócios mais sustentáveis.

    Além disso, a loja tem energia renovável de baixo impacto e usa equipamentos com maior eficiência energética. No dia a dia, o consumo de água será 58% menor se comparado a outros empreendimentos da marca.

    Na Renner, circularidade também é responsabilidade ambiental e social

    Um destaque da loja circular da Renner é o Espaço Re. Nele, os clientes têm acesso às iniciativas e serviços que envolvem a circularidade e a sustentabilidade, tornando-se agentes ativos dessas transformações. Uma delas é o EcoEstilo, um programa de logística reversa pós-consumo: você pode deixar embalagens e frascos de itens de perfumaria, beleza e peças de roupa em desuso para que tenham um destino adequado. Aliás, cuidar dos próprios resíduos é algo que cada um de nós pode fazer para trazer a circularidade ao cotidiano. “É um jeito de ter responsabilidade pelo que a gente compra, cuida e descarta”, observa Carol Piccin.

    Já o Repassa é uma plataforma que aumenta o ciclo de vida dos produtos ao atuar com a revenda de vestuário, calçados e acessórios. Além disso, a varejista investiu em ações sociais por meio do Instituto Lojas Renner, como o projeto Varejo Plural, capacitando e gerando renda para grupos minorizados; e dezenas de mulheres migrantes de regiões periféricas do Rio foram conectadas ao aplicativo SOS Costura, que oferece serviços de reparo e customização de peças.

    “Espaço Re” é destaque da loja circular da Renner (Foto: divulgação).

    Medidas como essas são valiosas porque, segundo Aline Matulja, consertar é a alma da economia circular. “Fico triste de ver fechar aqueles antigos negócios de bairro que sempre nos permitiram praticar a circularidade quando ainda nem usávamos esse nome. A costureira, o tintureiro, o sapateiro… Por isso, está na hora de valorizarmos as profissões que consertam”, observa.

    O exemplo de loja circular da Renner mostra como um negócio não só pode ser circular em seu produto (neste caso, vestuário), mas também em sua estrutura e operação.

    Agora a loja busca a primeira certificação BREEAM de uma construção de varejo no Brasil, que avalia não só o projeto e execução, mas todos os impactos econômicos e sociais do imóvel na sociedade. Porque circularidade é, enfim, um jeito de honrar a natureza, as pessoas e, assim, a vida. ​​“Podemos desempenhar um papel importante e contribuir para um processo de mudança. Queremos influenciar positivamente a sociedade e o setor varejista, disseminando aprendizados e conceitos que são essenciais para o futuro”, observa Regina Durante, diretora de Gente e Sustentabilidade das Lojas Renner.

    Circularidade na moda é alternativa para a crise ambiental

    No livro Com que Roupa? – Guia Prático de Moda Sustentável (Paralela), a comunicadora e ativista ambiental Giovanna Nader traz um importante panorama sobre a indústria da moda, evidenciando a necessidade de criarmos alternativas mais sustentáveis para esse setor.

    “Segundo dados da ONU Meio Ambiente, a moda é responsável por 8% a 10% das emissões de gases do efeito estufa, mais do que setores de aviação e de transporte marítimo juntos”, aponta. “Além disso, a moda é o segundo setor da economia que mais consome água e produz cerca de 20% das águas residuais (esgoto) do mundo”. Sem contar, como escreve Giovanna, as questões relacionadas às fibras de tecido não sustentáveis, a desvalorização da mão de obra  e outros tópicos que tornam esse mercado um ponto sensível para a questão climática.

    Daí a importância de cuidar, consertar e fazer boas escolhas para a mudança de um paradigma global. E, sobretudo, apoiar marcas que estão mudando seus negócios em favor de processos mais sustentáveis.

    “Você pode observar seu desejo de consumo e entender se precisa mesmo comprar algo novo. E, se for comprar, refletir: ‘vou colocar numa iniciativa que degenere o planeta ou vou colocar numa iniciativa que tem se esforçado para criar uma estrutura de circularidade?’ Comprar e consumir de marcas que tenham uma postura ativa na construção dessa cadeia é um pensamento que está a favor dessa mudança de paradigma do linear para o circular”, aponta Aline.

    Assim, consumo e circularidade estão intimamente ligados. Afinal, tudo o que a gente compra tem uma origem e um destino.

    Além disso, nossas escolhas têm o poder de destinar recursos para negócios mais ou menos comprometidos com a questão ambiental. Assim, tudo o que você compra apoia uma determinada lógica de cuidar ou não do planeta. São escolhas diárias, aparentemente pequenas, mas capazes de, aos poucos, mudar um pouco mais o mundo em que a gente vive, honrando cada pedacinho de planeta em que você tocar.

     


    Para saber mais sobre as ações da Renner, visite o site aqui e conheça a segunda loja circular que acaba de ser inaugurada no Shopping Park Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. 

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