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Mais vale um amor sincero
Imagem: Unsplash/Taylor Hernandez
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O amor é frequentemente retratado como algo que se encontra ao virar uma esquina, como um prêmio conquistado por quem tem sorte. No entanto, Esther Perel, renomada psicoterapeuta belga, especialista em sexualidade, nos provoca com uma ideia intrigante: “O amor não é algo que encontramos, mas algo que construímos todos os dias”.

Ao nos aproximar da realidade, essa afirmação desestabiliza o mito romântico que idealiza o encontro perfeito como garantia de felicidade. A crença de que existe alguém predestinado, capaz de preencher nossas lacunas emocionais apenas pela força do encontro, é reconfortante, mas ilusória.

Relacionamentos reais exigem mais do que coincidências mágicas; demandam escolhas conscientes, investimento afetivo, esforço mútuo e constante para manter vivo aquilo que um dia pareceu simples e espontâneo.

Pequenos gestos, muito mais que grandes demonstrações ocasionais de apreço

Estes são os tijolos dessa construção delicada e sólida. A intimidade verdadeira não floresce com atos heroicos esporádicos, mas na atenção diária às necessidades, desejos e vulnerabilidades do outro. É na escuta ativa, no olhar generoso, no toque que acolhe, na conversa sincera sobre medos e expectativas, que o vínculo se solidifica.

Relacionamentos duradouros são marcados por um paradoxo: buscamos segurança, mas ansiamos pela novidade, pelo mistério que alimenta o desejo. Equilibrar conforto e paixão é um desafio permanente que exige criatividade, maturidade, entrega e coragem. É preciso aprender a navegar entre a previsibilidade da rotina e a ousadia de se reinventar com frequência e intenção.

O amor maduro é uma dança entre proximidade e autonomia

Respeitar o espaço do outro é essencial para que ambos cresçam sem perder a conexão profunda. Relações saudáveis se constroem na habilidade de transformar crises em oportunidades de aprendizado. Afinal, momentos difíceis não são o fim, mas o renascimento da cumplicidade.

Amar, enfim, é escolher diariamente cuidar, respeitar, nutrir e renovar a decisão consciente de estar junto. É um ato corajoso de presença emocional, que reconhece o amor não como destino inevitável, mas como jornada intencional. Amar é menos sobre encontrar alguém e mais sobre decidir, todos os dias, construir algo extraordinário com quem escolhemos caminhar.

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